sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

As notícias de jornal que você me incitou a jogar fora - na hora certa

Eu bem que tentei. Tentei. Tentei até o fim para que não fossem, tristemente, destinadas ao lixo aquilo que nós contamos como sendo nossa tirinha. É o máximo que eu consigo afirmar. Não, 'cara'. Não desdenho de nossa passagem no jornal. Mas, como você preferiu enrolar minhas tralhas com o próprio, falo assim mesmo. Não obstante, empurraste escada a baixo: meu s livros, meu baú, meus cadernos, minhas fotos, meus doces e minhas orações. Pela janela lançaste minhas poesias, minhas concepções, meus lamentos. Riste de minha lamúria. Consegiu, mesmo que por um instante, deixar-me muda. Contudo, não pela tuas palavras. Mas fez-se o ácido delas.

Eu não necessito chorar - até porque, não li a quantidade de páginas suficiente. Não preciso entristecer porque, segundo consta em algumas páginas que restaram do enrola-daqui, guarda-de-lá, a progamação circense segue até o fim dos anos. Hora pois, eu adoro sorrir! =] Você não me venceu porque eu adoro uma guerra: balas, gritos, chuva, pancadas, dores e no fim, a vitória. E eu vou ser bem sincera: um dia desses pego você, pela mãos, doce criança, e te levo para assistir a vida. A construção de uma canoa; o ralar do queijo e o assasinato de um belo dia de sol.



 
Eu fui longe porque, tão cedo, sabia que você não me venceria.
E não me ganhou. Apenas me perdeu.



Um comentário:

  1. Isso aí: as palavras, os analgésicos, as pessoas, as feridas, nossos remédios...Gostei do texto.
    E o carrossel da vida continua girando.
    abraços.

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