domingo, 27 de março de 2011

Das desistências que fazemos na vida - Tomo II

A vítima que nos tornamos. Das brincadeiras que nos aprontam.

E é porque machuca sempre. A mentira, a dissimulação, o desacordo, a falsidade, o desarranjo, o desconforto, a desconfiança, a falta de amor. É porque tudo isso machuca. E há brincadeiras e há maldades. E há música e há silêncio ácido. Tudo isso só para te machucar. E a gente cansa de tentar  ser feliz porque achamos sempre um, dois e por azar, muitos, para nos levar a um eterno carnaval. Brincar de baile de máscaras, esconder o rosto e deixar sempre tudo para o final. Para doer mais. Para te ferir mais. Para te persuadir um pouco mais. E você crê no aparecimento de sua salvação. Não. O que lhe surge é o passaporte para o desleixo. O desvio. A estrada perdida. E tudo aquilo mais que te deixará com escoriações. Mas um dia a festa acaba. A música para. A banda já terá passado. E tudo finda. E a gente desiste de mais algumas coisas. Inclusive de ser vítima.

Um comentário:

  1. Um dia a gente cansa mesmo...Passamos a ser chamados de difíceis, "convencidos", vaidosos, egocêntricos e por aí vai... Quem mandou ensinar a ser assim? A vida é irônica mesmo... Um dia você também vai aprender!

    Como sempre adoro vir aqui e ver,ler,refletir em verdades que preciso acreditar...

    Adorei mais uma vez!

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