sexta-feira, 30 de setembro de 2011

"Boa Sorte". Disse a mim mesma


















 

Bauman, sociólogo europeu -  e um dos meninos dos meus olhos - , afirma que  você só tende a perceber as coisas e colocá-las no foco de seu olhar precustador e de sua contemplação quando elas se desvanecem, fracassam, começam a se comportar estranhamente ou decepcionam de alguma forma. Assim considerado, nestes últimos tempos tenho incluído (volta-e-inteira) itens novos na lista de coisas-para-fazerem-parte-de-um-pas-sa-do-bom. É uma necessidade particular, sabe? Um cansaço remoto que me assolou de tal maneira que, superficialidade é um elemento a ser desconsiderado nessa nova etapa - não que agora eu tenha me transformado na "A" garota. Não. Espera. Ainda vai ter muito show infantil pela frente. Mas, a grande diferença é que, agora, eu sei quem é que manda aqui. Ser igual ao "vago", ao "despreenchido", me incomoda. As palavras certas (e, meu atual clichê) são "isso não me sustenta mais". O princípio é o conteúdo. O desenvolvimento é o conteúdo e a conclusão também é o conteúdo. E isso é ter, buscar, almejar, construir, desconstruir, reformular, reerguer VOCÊ - ou o ensaio no espelho.

"Acho que não vai dar tô cansado demais
Vou ver a vida a pé..."
pé-ante-pé.
eu e  minhas  sandálias
cansadas de tanto porvir...

2 comentários:

  1. Essas boas recordações são o que, muitas vezes, sustentam nosso espírito.Meu maior medo é olhar para trás e perceber que o tempo se esvaiu muito mais que o preciso - ou não. E tendemos, por um momento de lucidez ou pura percepção, a ver no espelho, a imagem do cansaço de nós mesmos, da superficialidade incômoda e da frustração indivisível nesse contexto. Mas acredito também que é um ponto de maturação desejada. É difícil nos enxergarmos, pois isso supõe assumir erros e tentar superá-los. E a vida não é sempre um recomeço?... Etapas a serem cumpridas da melhor forma. Desconstruir é sempre necessário. Boa sorte para nós...

    Um grande abraço!

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  2. O bom de sermos humanos é que, devido à dádivas, podemos voltar - ou até mesmo parar - e recomeçar, e refazer, e reordenar. Desmontemos nós, para sempre e para tanto, sempre que preciso.


    Grande beijo!

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