tag:blogger.com,1999:blog-58737541045225078752024-03-05T06:40:24.638-03:00Paro e me perguntoUnknownnoreply@blogger.comBlogger254125tag:blogger.com,1999:blog-5873754104522507875.post-9636915759801721732015-12-07T00:09:00.001-02:002015-12-07T00:09:27.610-02:00Nossa última estação<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigZ1fSkjryjyuzUjQNJcamiWk4tQFwq_7uNV0ta3GWMCr6CB0rlqJ70RAA4qUUnFkEIcwoKEKMx7fdZmNzRyaNXzL9vRDTKQcgPZuHAJnC5YVsR2RqaGrE-gBKKjeWWjnWO43ND0q2LxU/s1600/tumblr_m35rhmIcN21rt48j1o1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="257" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigZ1fSkjryjyuzUjQNJcamiWk4tQFwq_7uNV0ta3GWMCr6CB0rlqJ70RAA4qUUnFkEIcwoKEKMx7fdZmNzRyaNXzL9vRDTKQcgPZuHAJnC5YVsR2RqaGrE-gBKKjeWWjnWO43ND0q2LxU/s400/tumblr_m35rhmIcN21rt48j1o1_500.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Ao som de <i><a href="https://www.youtube.com/watch?v=ZwCpBeHRROE" target="_blank">Valsa e Vapor</a></i>, Phill Veras.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>Vai que era pra acontecer, amor. </i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>Vai que era pra acontecer amor. </i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>Vai que. </i></div>
<br />
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E não, não foi. Não foi porque cada lágrima que eu dedilhei na frente do computador contando a nossa história de despedida pra um bocado de gente que ainda não sabe de você, me cortou em lascas sofridas de um amor abandonado. Eu sabia que o fim era vivo, mas torcia que, aí dentro, esse pensamento estivesse adormecido. E não, não foi isso. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Cada lágrima derramada na bancada, ensopando meu rosto e formando uma pocinha no mármore tinha gosto de você: pela companhia não partilhada, pelas idas; pelas voltas; por todo silêncio e pelo mais cruel atropelo inocente. E pela maior felicidade que já pude ter. </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pela disparidade da vida, eu chorei copiosamente tentando evitar um homicídio do belo, porque não é justo jogar ao alto as bondades da vida e lançá-las ao chão sem olhar pra trás. Eu usei as músicas mais copiosas ainda, que eram pra arrepiar toda a minha alma e exorcizar a dor que havia em mim e levar você junto: ou a parte mais vilã de você, ou a parte mais apaixonante de você, ou que fosse você inteiro. Mas que ela não fosse mais. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Que ela não fosse mais a caminhada mais divertida. Que ela não fosse mais aquele plano mal elaborado que estava fadado a dar certo. Que ela não fosse mais o teu sorriso. Que ela não fosse mais os meu motivos. Que ela não tivesse mais da gente. Que ela não fosse mais a nossa entrega. Tudo isso junto indo embora. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Porque além de nós vai existir sempre um caminho não percorrido deixado para trás, assim como lençóis que a gente deixa na cama bagunçada. Vai ter hiato, Vai ter uma página em branco. Que não sei se será a mais significativa de todas, mas não a mais desejada. E será isso que teremos em mãos vazias e um adeus. E um amor. Um amor com sabor terapêutico de serenidade. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Só que, mesmo assim, me dói ter que explicar: Mas, essa, amor, essa foi nossa última estação. </div>
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<br /></div>
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<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5873754104522507875.post-30986000907536756442015-06-29T23:14:00.001-03:002015-06-29T23:15:46.922-03:00Uma carta para o cara que terá meu coração<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlrNFRRw4S9LaasLAYUeXITXdkV8t5y2ZS7-79SqxCHHGZGkJbWS8wOj3D3-2Tn-0r8JfNVRTMK9UNnERAnB3fjaKCyVHnwYdK_Jmf07TCKQpICskkxQan4jkv4egw1hlbGpamgcvFdpM/s1600/texto+p%25C3%25A9s+casal.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlrNFRRw4S9LaasLAYUeXITXdkV8t5y2ZS7-79SqxCHHGZGkJbWS8wOj3D3-2Tn-0r8JfNVRTMK9UNnERAnB3fjaKCyVHnwYdK_Jmf07TCKQpICskkxQan4jkv4egw1hlbGpamgcvFdpM/s400/texto+p%25C3%25A9s+casal.png" width="400" /></a></div>
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Ao som de <i><span style="color: red;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=nItYgMJBMA0" target="_blank">Temple</a></span></i>, do Kings of Leon<br />
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<div style="text-align: center;">
<i>Ao amor que melhor terá minhas verdades,</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>dedico esta carta de amor.</i></div>
<br />
Há algum tempo perdi a prática em escrever cartas. Por conta do tempo, da necessidade, da pressa, da objetividade, tenho optado pelos bilhetes. Só que hoje é diferente. Hoje decidi preparar toda a essência da minha habilidade destra e toda a tinta preta da caneta para escrever pra você. Precisava ter certeza que cada sensação minha seria perceptível em minhas letras caligrafadas. Precisava me certificar que o desdobrar do papel seria o suficiente para te despertar a curiosidade - e, quem sabe, até meu perfume conseguisse perceber. Enfim, esta carta aqui é pra você. Toda pra você. Do início ao fim. De parágrafo a parágrafo. Letra a letra. Pedaço de mim a pedaço de mim. Feita pra ti com todo o amor que há.<br />
<br />
Te escrevo por medo: medo de perder as palavras, de esquecer o que tenho para dizer, pois, como já deu pra sacar, você ainda não veio. Você virá, sei bem disso, você virá. Mas eu quero que você saiba que o caminho pra cá é seguro, e é por esta razão que tô desenhando meu coração aqui. Que fique bem claro que apesar da minha anunciação antecipada, eu tenho calma. Por todas as borboletas presas no meu estômago, eu tenho calma. Faço isso pela gente porque amor é feito de um pouco de fé e resiliência.<br />
<br />
Te escrevo porque sempre quis te encontrar. Gosto da palavra disponibilidade, que no meu dicionário particular tem por sinônimo "querer", porque só se entra na vida de alguém muito mais além do que se pode é quando se deseja. Lamento sempre, de certo modo, pelos adeus da vida, mas de umas estações para cá admito que despedir-se é uma nova chance para encontrar. E tô tentando reiterar teu ingresso com este pedaço de desabafo, que é para saberes o tanto que tua 'chegança' é esperada. <br />
<br />
Te escrevo porque nunca vou sentir o mesmo por alguém. Tenho a mais absoluta certeza disto. A gente encontra pessoas por aí o tempo todo, feito quando se anda pelo metrô. Cria umas histórias mais ou menos assim como as dos comerciais de margarina e, muitas, muitas vezes, escreve as mesmas cartas de amor para destinatários diferentes. Percebe que neste pedaço de papel não tem muita poesia, mas tem tanto de mim, um "mim" que nunca-jamais, além de você, alguém será capaz de descobrir. Acho que isso se chama fidelidade e é o que eu tenho pra te dar. <br />
<br />
Essa carta tá fugindo ao modelo tradicional das cartas de gente apaixonada, mas sei que não andou dispensando os clichês de todas elas, só que o primordial tá comigo: ela não fugiu de mim um só minuto. Ela não deixou de ser sua uma só parte. Te coloquei nos meus projetos, te coloquei nas minhas escolhas, te coloquei nos meus sonhos e tô te "devolvendo" o que uma vida inteira foi se montando com carinho. Te escrevi assim, meio sem glamour, mas com tanta vontade, que se você soubesse a completude dos meus sentimentos, tu sorririas mais logo. Te escrevi bem atropeladamente, eu sei, entretanto<br />
<br />
se eu te escrevi foi porque te escolhi. <b>Isso é tudo, amor</b>.<br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5873754104522507875.post-86548726730710362992015-06-23T12:26:00.001-03:002015-06-23T12:35:24.865-03:00Bem-vinda<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOeW3XQ9Phf6da5fSAFDpuQ5Ib-FrbqpkW9JalrFrEed3GdvlM47StO94q2OvNJBJk2IHmpKhyphenhyphenD8u80mKlw7K7tJRe3dgN-Dj6MfGuQVtYw1oyAAT-mI-25dnom0fTe6WoCHIEgBcRMUU/s1600/blog.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOeW3XQ9Phf6da5fSAFDpuQ5Ib-FrbqpkW9JalrFrEed3GdvlM47StO94q2OvNJBJk2IHmpKhyphenhyphenD8u80mKlw7K7tJRe3dgN-Dj6MfGuQVtYw1oyAAT-mI-25dnom0fTe6WoCHIEgBcRMUU/s400/blog.jpg" width="400" /></a></div>
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Ao som de <i><a href="https://www.youtube.com/watch?v=kzxoQ9rbDAA&list=PLXBK-XK5MnE64BidFCanI_UUYlnscOS2y&index=9" target="_blank">The best thing about me is you</a></i></div>
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<br /></div>
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Semana passada senti a vontade de ficar perto. Por isso te escrevi aquela mensagem no meio da manhã, assim que terminei de atravessar a rua e sentei para tomar café. Poderia ser uma cena mais bonita, de paisagens melhores, mas era meu cotidiano urbano e, sim, descobri que você estava nele. Semana passada também tive a impressão que senti saudades suas, por esse motivo escolhi aquela canção legal do Jake Bugg para alegrar meu dia. Foi ótimo ter feito aquilo: independente de onde você estivesse, a gente tava perto. Achei até mesmo crucial eu ter cantado o refrão porque o ritmo e a melodia eram a cena mais bonita de você e essa homenagem era necessária. Ri de canto de boca, quando enfim te mandei o "bom dia" entre um gole de café e outro no balcão do bar. E ri com o resto que me cabia depois que você me 'respondera-perguntando' a quantas eu andava.<br />
<br />
Te respondi afirmando que tava bem. Mas nas entrelinhas queria dizer mais coisa. Minha alegria tem 'nota de observação': estou feliz só por ter te conhecido e, acima de qualquer outra situação, feliz pela oportunidade. Sim, a vida é feita de chances e chances geram escolhas. Apenas escolhas e nada mais.<br />
<br />
A gente se escolheu. De alguma maneira sinto que a gente se escolheu. Não sei ao certo quando foi o rito de passagem, mas compreendi desde o início que os abraços calorosos nos diziam bem mais. Tô feliz por ter te encontrado porque meus dias andavam normais ao extremo, e, fatidicamente, previsíveis. É legal, é muito legal saber que o sombrio da noite tá indo embora aos pouquinhos e devagar. Que alguém vai escutar o meu silêncio, de modo fraterno, cúmplice e, talvez um dia amoroso. Isso, talvez um dia amoroso. Não sei se a gente vai se amar, porque o fato de escolher não significa que o jogo será ganho. A minha vida toda, bem mais que 500 dias, eu fui o Tom da Summer, então me ajude a não tirar conclusões precipitadas, tá? Me ajude a não parecer bobo demais, excessivo demais, ausente demais ou pouco de menos. Confirma pra mim, assim que puderes, que a parceria que tanto vejo entre a gente seja, com todos os propósitos, real.<br />
<br />
Assim que sair hoje do trabalho pretendo mandar pra você um convite pra gente assistir um filme legal e, quem sabe, depois, sair pra dançar. E repetir aquelas cenas bacanas que aparecem salteadas nos filmes: aquelas que o público gosta, torce para acontecer de novo, mas que, no fundo, no fundo, entende que se forem sucessivas em alta frequência, perderão a graça. Colocarão o filme em prejuízo e toda a essência programada se perderá. Em suma, a gente só vai poder se doar.<br />
<br />
Vou torcer para que você aceite, que a gente troque uma ideia e depois eu segure sua mão. Vou torcer para que a gente se entenda, que compartilhe o que quer que seja, que a gente aguarde o depois e caminhe bem no presente. Vou preparar minha melhor básica pra receber um sorriso seu em troca. Quem sabe um chopp. Talvez abraços. Quem sabe um beijo. E o que tiver para nós dois.<br />
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5873754104522507875.post-72150889492905161492015-03-23T10:54:00.000-03:002015-03-23T11:01:39.250-03:00Eu sou o seu ex.<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Som: <i><a href="https://www.youtube.com/watch?v=Y8ygKnBtKAk" target="_blank">Not a bad thing</a></i>, Justin Timberlake</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sou um plano que um dia mesmo eu acreditei que fosse dar errado. Falo isso não por dores exaustivas do novo mal do século, mas pelo simples fato de que nunca vivi uma vida lá bem esperançosa. Sabe quando tem aquele lance cético de que isso é isso e nada vai mudar, pois é. </div>
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<br /></div>
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Engano meu. Sorte a sua. Graças a Deus.</div>
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<br /></div>
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Minha vida foi um gráfico de pizza interessante, Durante a infância tinha pudores - algo bem óbvio. Na adolescência perdi a vergonha, tomei alguns goles, socos e tapas na cara. Não me redimi. Não foi dessa vez. Malandragem era meu contexto. Perigo era meu lar. Um sinônimo para merdas da juventude era o que eu fazia. No mais, sobra; no menos, só a vontade de trapacear o universo melhor que a última tentativa. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Casei com a juventude na primeira oportunidade: fui pra longe de casa, passei mais de uma semana, perdi o rumo, o prumo e quase esqueci do meu juízo. Lutei para não voltar à realidade, mas aí, a música parou e não deu mais. Voltamos aos conformes da sociedade e de uma alma que todos diziam que estava na hora de amadurecer - mas que por dentro dizia apenas estar em estado de férias.</div>
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<br /></div>
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Eu tive as melhores oportunidades da vida. Só não sabia que a maior ainda estava por vir. </div>
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<br /></div>
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Sempre fui um trapaça amoroso, sabe? Daqueles que não levava muito a sério esse lance de estar ligado realmente em alguém. Até que um dia as coisas não deram mais certo e eu me vi em minha estranha companhia. Girei tanto que fiquei só. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Estar sozinho teve requinte de crueldade. As noites realmente tinham o poder de serem negras e as manhãs, cinzas. E a gente ainda tinha que continuar a fingir que o arco-íris ia surgir em três minutos depois que se saísse de casa. Mas ele não vinha e tudo ficava igual. Comecei a fazer uma viagem pelas minhas constantes. E vi que realmente algo bom precisava acontecer para que eu pudesse dar um novo gás a minha vida, ou nem diria isso, mas que algo devia acontecer para que as demais coisas acontecessem. Coisas boas, legais e divertidas. Realmente significativas. </div>
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<br /></div>
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</div>
<div style="text-align: justify;">
Tipo você. </div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9NIe9sCVqeVDIASUwz1gwIugsO_5MlM7nIbhPHq2NlcG8RL2Fbx4xqd_yr9CtHfA6aIfrBI6MF1_ObpvOONNFeiqQJLOcjNc2vYCQp-MAEHHJ_IcKBkp65lcd3IoQkJfof7ynsHa5NBs/s1600/Blog+seg.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9NIe9sCVqeVDIASUwz1gwIugsO_5MlM7nIbhPHq2NlcG8RL2Fbx4xqd_yr9CtHfA6aIfrBI6MF1_ObpvOONNFeiqQJLOcjNc2vYCQp-MAEHHJ_IcKBkp65lcd3IoQkJfof7ynsHa5NBs/s1600/Blog+seg.png" height="262" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Porque, sim, eu confesso: minha natureza masculina muitas vezes faz de nós passarinhos em gaiolas. Um lance de que a gente pode tudo e também, ao mesmo tempo, não pode nada: eu poderia ser o macho alfa entre os amigos, mas jamais poderia fazer isto que eu estou fazendo agora. Não sei se isso tem cara de declaração; não sei se o intuito é esse, nem sei ao certo se eu te amo. Só sei que algo de muito especial está acontecendo aqui comigo e que a única certeza que eu tenho é em querer levá-lo em frente e ver no que pode dar. Sim, a tal coisa boa, alegre e divertida está acontecendo agora e não, eu não quero que isso acabe tão logo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nunca imaginei que esses lances de candidatas ao grande amor da nossa vida (ou coisa do tipo) pudessem acontecer, e cá estou eu, me vendo numa condição de ex: ex-medroso; ex-desleixado, ex-desligado, ex-desalmado, ex-formatado culturalmente. Nem nos longínquos espaços de minha sapiência poderia supor que isso pudesse acontecer. Sim, meu bem, sou seu ex-iludido, um ex-inocente da arte desse lance confortante que é o amor. Sou seu ex-caçador de aventuras, sou o ex-ex-mais-odiado pela minha ex-namorada. Sou um ex-desqualificado do coração. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Eu sou um ex-tanta-tralha que a única coisa que eu peço é que me deixe ser algum bem atual na tua vida. Mas algo bom, sabe? Legal, construtivo, que te faça bem e, sobretudo, que te faça feliz. Eu cansei de ser o "ex" das pessoas. Cansei de ser a lembrança, o personagem da foto, o protagonista de novelas mexicanas regadas à lágrimas. Não, eu também não quero ser herói - porque eles morrem e voltam a ser memórias uma hora dessas outra vez. Quero ser uma parte do seu hoje, para ter a chance de tão cedo não ser o que eu já fui um dia.<br />
<br />
Quando a coisa boa, alegre e divertida, realmente significativa, ainda não era você.<br />
<br />
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5873754104522507875.post-90177880877791344722015-03-22T12:41:00.000-03:002015-03-22T12:41:00.482-03:00"Eu te amo mas não gosto mais de você"<span style="text-align: justify;">Ao som de <i><a href="https://www.youtube.com/watch?v=xe_iCkFsQKE" target="_blank">Earned it</a></i>, Weeknd</span><br />
<b style="text-align: justify;"><br /></b>
<b style="text-align: justify;">Eu te amo mas não gosto mais de você, amor.</b><span style="text-align: justify;"> </span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda sob as maiores dores possíveis, consigo esclarecer isso pra você. Eu deixei tantos rastros, eu te disse tantas vezes, e você não entendeu. Mas é isso, futuro <i>ex-grande-amor-da-minha-vida</i>, eu não gosto mais de você</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
mas te amo. E ponto final. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8E798i71Um10lvcKNtewQ7l5z6ye6Y0lOP4mX9mWJuWRbUPSlnHqjQ102Q-ONZ6tyX2rkGpEFqKZDBVAsQ9OgY7v8zH3nHexWIwA4zBHxZUe7g6i3vc62ugklU23kcPpL-VD3lRnUG64/s1600/blog.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8E798i71Um10lvcKNtewQ7l5z6ye6Y0lOP4mX9mWJuWRbUPSlnHqjQ102Q-ONZ6tyX2rkGpEFqKZDBVAsQ9OgY7v8zH3nHexWIwA4zBHxZUe7g6i3vc62ugklU23kcPpL-VD3lRnUG64/s1600/blog.jpg" height="265" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A frase que te falo agora não é minha: tirei de um filme "água-com-açúcar" pelo qual tenho enorme apreço e toda a razão para "eufemizar" as palavras que saem agora - não de minha boca (aquela que tantas vezes calou só para fazer silêncio e ouvir tua vida) e sim de minha alma. Demorei a entender tudo o que se passava aqui dentro; todas as resoluções que estava alcançando e foi aí que a frase acertou meu peito e eu morri na nossa história. Mas como toda morte é uma despedida ao pedaços, ainda há rastros de um sentimento bom e eu acho que é por isso que consigo estar: indo ao céu ainda te amando e desgostando de você, já com meus pés no chão. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Olha, não foi fácil descobrir tudo isso não. O chão se abriu e, se eu fosse a <i>Alice no País das Maravilhas</i>, naquele despencar no túnel das coisas imprevisíveis e surpreendentes, eu seria a versão mais assustada possível da loirinha que sonhara com um mundo paralelo. Para minha tristeza maior: eu não era Alice e tudo era a mais lastimável verdade. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu não gosto mais de você, amor, por tantos motivos: foi pela noites apagadas lá em casa; foi pelo calendário esquecido na gaveta; foi pelo olhar sem brilho, foi pelas toalhas quentes; foi pela despedida sem braço forte; foi pelo descuido; foi pelo cansaço; foi pela solidão; foi pelos desprazeres devolvidos. Foi pelo nosso amor que virou papel de parede; quadro antigo; um ponto no passado. Uma referência não mais singular. Mas eu ainda te amo, amor: pelas trocas bem vividas;pelo "olhos no olhos", pelo domingo quase sem graça; pelas conquistas reparáveis; pelos ganhos; pela previsibilidade; pelo formato padrão; pelas surpresas; pelo acréscimo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não deixei de gostar de você de forma gratuita. Eu deixei de gostar de você porque não teve outra saída. Você pediu minha licença sem me convocar para isso. E, da mesma maneira, ainda te amo porque não há outro jeito. E não há outro alguém. Não há mais <b>pra quem</b> esse sentimento todo. Não por hora. Não desta vez. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu vou pegar minhas coisas da tua vida daqui em algumas horas (quem sabe, dias e meses). Em anos não restará mais nada, acredite. Acredite também que até a última linha deste adeus terá uma narrativa vinda de você e que cada parágrafo terá o peso de um amor tentado (sabe Deus o que será dele até fim da página!) e a essência de um abandono tão necessário quanto a vontade de chegar. Os fins são coisas que acontecem, mesmo....<i>let it be</i>.<br />
<br />
Acabou, com toda a dor do mundo.<br />
<br />
eu te amo.<br />
<br />
mas não gosto mais de você. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5873754104522507875.post-32647768390057997912015-03-15T22:48:00.000-03:002015-03-15T22:48:19.708-03:00Ainda bem<br /><div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2kj8Vh8f3MybevvJPE9hJAotP2kx_RcRpxCVroMTkLO0Zr1-j7gQSIMOjBofsCw8uxs-cmfEEx6Stp933IqSff731K8sCSdmldsY2Ix9Tw-1My-_dqOWK-pCA5pVZu9Kq0LipjL71Lv8/s1600/blog+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2kj8Vh8f3MybevvJPE9hJAotP2kx_RcRpxCVroMTkLO0Zr1-j7gQSIMOjBofsCw8uxs-cmfEEx6Stp933IqSff731K8sCSdmldsY2Ix9Tw-1My-_dqOWK-pCA5pVZu9Kq0LipjL71Lv8/s1600/blog+1.jpg" height="223" width="400" /></a></div>
<div>
<br /></div>
<div>
"<span style="color: #a3a3a3; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px; text-align: right;"><i>I'm getting old and I need something to rely on</i></span></div>
<i><span style="color: #a3a3a3; display: inline-block; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: right; vertical-align: top;">So tell me when you're gonna let me in</span><br style="color: #a3a3a3; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px; text-align: right;" /><span style="color: #a3a3a3; display: inline-block; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: right; vertical-align: top;">I'm getting tired and I need somewhere to begin"</span></i><div>
<br /></div>
<div>
[<span style="color: #686868; display: inline-block; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px; overflow: hidden; vertical-align: top;">Eu estou ficando velho e preciso de algo em que confiar</span><br style="color: #686868; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;" /><span style="color: #686868; display: inline-block; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px; overflow: hidden; vertical-align: top;">Então me diga quando você vai me deixar entrar</span><br style="color: #686868; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;" /><span style="color: #686868; display: inline-block; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px; overflow: hidden; vertical-align: top;">Eu estou ficando cansado e preciso de algum lugar para começar]</span></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fui convidado a me retirar da vida de uma pessoa recentemente. Os burros deram n'água e tudo que havíamos planejado foi-se para a gaveta das recordações não vividas. Tirei tudo da antiga casa, até mesmo a sombra da minha saudade; veio tudo comigo e o fardo não foi fácil de carregar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Templo destruído. Fotos apagadas. História que chegava ao fim. Partimos: foi cada um para o seu lado. Eu fiquei do outro lado da estrada, sim, assumo, com receio de pegar o próximo caminho. Pegar a carona da vida e seguir de outro jeito. Sem outra saída, peguei carona na solidão e caí no mundo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O hábito é uma droga alienante. Como nada sobrou, a fuga da rotina foi uma carta ao suicídio e, sinceramente, eu até pensei que fosse morrer na primeira curva chamada madrugada. Dias de guerra. Na sombra da dor, olha que ironia, é que eu descobri que as coisas acontecem. Eu realmente não queria te encontrar porque, simplesmente, é mais confortável a nós ficar nessa de fundo poço, luto ou coisa parecida até o dia em que nossa lucidez desabrocha.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dei dois passos e recuei duas casas. No recuo, alguém cuidadosamente me pegou pela mão. Com um pouco mais de requinte, achei interessante desfrutar a prosa que a vida estava me mostrando, porque, veja lá, como cansa a dor da desfalecência. É, realmente não dava mais para viver de soluços. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fiquei feliz em saber que você veio. Fiquei feliz em saber que já tenho alguém para me ajudar a catar os cacos amontoados no chão da minha vida. Meu discurso provavelmente vai deixar de ser negro para passar a ser mais agradável, apenas. Fico feliz em saber que existem pessoas-recomeço e pessoas-nova chance. Ainda não sei em qual das duas categorias eu me encaixo, mas recomeçar é tão bom quanto o próprio começo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Alguém resolveu me dar uma nova chance e eu não vou bancar mais a vítima. A gente precisa sempre sair da estaca zero para poder chegar a algum lugar. Eu acho que consigo te alcançar sim, meu bem. Mas antes gostaria de te dizer:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda bem que você veio, ainda bem. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<div>
<span style="color: #a3a3a3; display: inline-block; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: right; vertical-align: top;"><br /></span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5873754104522507875.post-65869257477477750642014-04-13T20:15:00.001-03:002014-04-13T20:15:18.860-03:00Diga boas verdades ao seu coração<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Ao som de Angra, <i><a href="http://www.youtube.com/watch?v=cV8RifMuJ2M" target="_blank">Bleeding heart</a></i>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A
vida vai te pregar peças, bem sabes disso. Machucar será oportunidade. Doer será
fundamental. Viver mais umas dez vidas será uma regra. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Vai ser preciso
disfarçar. </span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Vai ser
preciso pedir resgate. Vai ser difícil morrer algumas vezes. É necessário dizer
adeus quando a parte que aparentemente nos deixa vivo resolve ir para um reino “tão-tão-distante”,
anunciando o fim. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><b>Viver
é um ciclo de acabamentos. Acaba. Acaba mesmo, e de verdade.</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXmJZT5q-jHbBXWugiuSENq_IpKTVGPCosHu7IBYT17R3O3Ztr4fr9I74jNZhcTIhRrc-IBp-ELPqzLiasJAcT59PDQ4hTY0e-4vrE1gSC7Nx5QGgZqKwEInCWdo_zh5v1HCkOHxzwENU/s1600/tumblr_lwclwcteGp1r6ktwro1_400.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXmJZT5q-jHbBXWugiuSENq_IpKTVGPCosHu7IBYT17R3O3Ztr4fr9I74jNZhcTIhRrc-IBp-ELPqzLiasJAcT59PDQ4hTY0e-4vrE1gSC7Nx5QGgZqKwEInCWdo_zh5v1HCkOHxzwENU/s1600/tumblr_lwclwcteGp1r6ktwro1_400.jpg" height="320" width="256" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Só
que a vida vai te pregar peças, lembra que falei? Vai te pregar as peças do “de
novo”, “de novo”, “de novo”...do “mais uma vez”. Vai te contar aquilo que
muitos não deverão saber - e nem sentir – por você, por mais outras milhares de
vezes. A vida vai te pedir aceitação. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Ela vai te chamar
para ficar.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">O
amor vai te pedir serenidade. O amor vai te pedir “fica inteiro, mesmo com os
pedaços colados, mas fica inteiro”. O que vai te brilhar os olhos, vai te fazer
perder o caminho só para você ter uma chance do reencontro. Sempre.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><o:p></o:p></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Tenha
medo, mas não perca as forças. Tenha amor “a ser acabado”, “deletado”, “findado”,
mas não se exima das probabilidades de refazer o passo a passo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Se tenha. Isso vai
bastar</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Diga
“olá” para tanto, para sempre, para o mais logo. Seja legal consigo. Você
precisa de você bem mais que qualquer outra pessoa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Diga
boas verdades ao seu coração: diga que quer viver mais do que tudo nesta vida.
Que a vontade de continuar suplanta a possibilidade de deixar uma nuvem negra
pairar em cima de suas decisões. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Diga,
apenas mais que constante, <b>que você veio foi pra ficar</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">E só.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5873754104522507875.post-82064694122862151412014-02-16T23:15:00.002-03:002014-02-16T23:15:31.689-03:00A volta<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">É, eu sei, agora eu sei: você vai me fazer falta, moço. É doloroso sentir, bem pior do que saber, que você se foi, que agora sou apenas eu e eu mesma e que a parte que um dia me transbordou, foi derramar algo a mais do outro lado da avenida. A gente acabou. Chegamos ao ponto final.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Outro dia li um livro sobre términos: a garota da história mandou todas as lembranças do que foi o amor deles por meio de uma caixa. E no fim, ela sempre explicava "Foi por isso que a gente acabou". A gente está tendo o mesmo fim: só que eu não te mandarei as lembranças pois estou deixando-as roerem o que sobrou de nós em mim e tenho a certeza que nada vai ficar. Depois de um tempo, eu vou te ver por aí e não terá mais nada que me interligue a você.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">[por quê?]</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Eu passei a noite chorando. Não mentirei a você, não fingirei que nada aconteceu. Porque aconteceu e você sabe muito bem do que estou falando. Você sabe muito bem quem bateu a porta na minha cara e deixou minha alma no sofá, desoladamente, sem par. Você sabe muito bem quem tentou até o último gole de café que sempre significava que não era para você ir, e sim, ficar para mais uns três dias. Você sabe muito porque resolveu partir em retirada. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Eu recebi uma carta sua. Estava em cima da mesinha da cabeceira da cama. Em um lugar deveras impróprio. Não sei não, alguém tinha que ficar com ela. Mas esse alguém tinha de ser eu? Ela ainda trazia seu perfume...deve tê-la escrito após o banho. Você sempre foi ritualístico: principalmente quando queria dizer alguma trapaça. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Eu sempre estive por aqui. Hoje já faço questão que você não esteja mais. Atravessou a avenida, me levou na mala, me deixou no parquinho do caminho. Fiquei à noite inteira por lá. Fez frio. Doeu mais ainda. Me vi forçada a voltar para casa. Aqui tava menos frio, apesar de imensamente vazio.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Dói saber que você foi embora para nunca mais. Dói saber que o fim veio. Mas dói bem menos, hoje, pelo fato de teres me deixado voltar. Pra casa. Que um dia foi sua e que agora não é mais de ninguém daquela época. As minhas sobras foram pro lago. Eu eu voltei pra casa. Nova. </span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5873754104522507875.post-73973346789825983082013-12-29T01:52:00.001-02:002013-12-29T01:52:29.509-02:00Relato sem título<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Eu não sei se isso é legal, sabe? mas eu sempre fui de me
apaixonar. Acho que me apaixonei demais nessa vida – ou acho que. Mas, bem mais
que me apaixonar pelo cara da balada ou pelo amigo que era da faculdade, eu me
apaixonei pelas histórias que eles traziam. E isso, sim, acho que tem um “q” de
paixão de verdade. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Eu queria tanto fazer parte daquelas histórias, sabe? Queria
ter um espacinho, ter um pouco de cena, fazer linhas e ser lembrada. Eu queria
que aquelas histórias se unissem com a minha, entende? Porque eu acho que
quando se gosta de alguém, se deve abraçar a bagagem desse alguém junto. Eu queria
ter ficado. Daria tudo para ter ficado, e faria tudo outra vez, para tentar ter
ficado. Não, não é carência. Nunca foi carência. É porque quando se gosta, se
gosta, e era“o começo do fim das nossas
vidas”: aproveitaríamos. E eu queria ter tido o começo, primeiro; não o fim. Porque sempre
acreditei nesses lances de amor...afinal de contas: o mundo só existe em virtude de um amor primeiro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quando eu estava de mãos dadas com minhas paixões eu quis
histórias reais, não coisas do cinema. Minha vida não é um filme. Será. Ela
ainda não acabou – eu ainda não morri. Efetivamente. Cada fim foi um recomeço e
eu repeti a fita umas mil vezes aprendendo de verdade só duas partes dela. E
mais duas na seguinte. E mais duas no que veio depois e assim por diante.
Quando eu estava de mãos dadas com minhas paixões eu só queria bons amores:
daqueles que apertam sem amarrar, aqueles que quebram copos, viram dias em
silêncio, mas que oferecem colo, braço, perna e coração. E até lágrimas, caso fosse necessário. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Eu queria amores que conversassem. Olho no olho. Mãos com
mãos. “O meu cheiro no teu travesseiro”. O teu amor na minha saudade. A minha
saudade no teu reencontro. O meu abraço na tua vida. A minha dor nos teus
olhos. Minha felicidade na tua esperança. Queria amor desses normal. Que fazem companhia; que dizem que é hora de voltar, ir embora, chegar, correr, morrer. Queria um amor para ser aceito em paz com seus defeitos de fábrica, mas que me obrigasse a ler manuais. Ver palestras. Pedir ensinamentos. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Mas nada deu certo até agora. E meu amor não deixou saudade. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Porque, na certeza de dias melhores, ainda não deu tempo
dele chegar "nesse lugar que ninguém mais pisou".</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikS6yV6cxohBnZTQqo5iGNkd0V15g3m8zS3wtCndG6pcmy_wQdRfwGmgKSXVJlZT9AM9mJUXD1T2KNiPssieNkJBtzJMtdrpwvf4gWqADv6xNNkbt20dHskXV_vZAcNAlW38oqvS2Z_rc/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikS6yV6cxohBnZTQqo5iGNkd0V15g3m8zS3wtCndG6pcmy_wQdRfwGmgKSXVJlZT9AM9mJUXD1T2KNiPssieNkJBtzJMtdrpwvf4gWqADv6xNNkbt20dHskXV_vZAcNAlW38oqvS2Z_rc/s1600/images.jpg" height="320" width="307" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5873754104522507875.post-23906900254629990592013-10-24T10:50:00.000-02:002013-10-24T10:50:10.063-02:00"Vem que no caminho eu te explico."<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: whitesmoke; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ao som de <a href="http://www.youtube.com/watch?v=CqGBHEnVNEI" target="_blank">House of Shem</a>, Think about you</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: whitesmoke; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: whitesmoke; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Eu preciso
confessar que esse medo que você tem em dar um passo “além-mar” às vezes me
assusta. Mas não me detém. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: whitesmoke; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: whitesmoke; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Aos
cinco anos de idade, quando meus pais me abandonaram para viajar pelo mundo e
curtir seus últimos anos na casa dos
vinte, eu tive de me virar. Vovó era jovem, mas, mesmo assim, eu estava só e
aos cinco anos eu me vi obrigado a ser homem 4 vezes mais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: whitesmoke; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: whitesmoke; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Meus
pais não estavam aqui quando aprendi a ler com proficiência; minha mãe não estava
aqui para me ajudar quando meus dentes caíram; papai não me levou para o
futebol e também não pude contar a ele minhas primeiras aventuras. Quando
estava na casa dos dezessete, eles não comemoraram quando passei para a
faculdade. Eu não tive o privilégio. Esse privilégio. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: whitesmoke; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: whitesmoke; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Tive
outros – talvez mais intensos e mais reais, mesmo que difíceis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: whitesmoke; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: whitesmoke; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Eu trabalhei
cedo. Eu viajei por aí cedo. Conheci gente e fui conhecido também. Daí que
nesse embalo da vida vivi situações mais íntimas e tive que tentar construir
muita coisa em conjunto, sentir o gosto da derrota amorosa muitas outras vezes
e querer tentar acertar em outras tantas. Eu me acostumei. Já faço parte deste
organismo. Já rascunhei uma cartilha e não tenho medo em acrescentar novas
informações e eliminar páginas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: whitesmoke; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSOX0B8K7gK7Z8O6DTWK6RKXvh75RXcxVqNVZHUmy0czOIGivtSfXy-coj7zVJfNLW80uOVcy91m2IMEakYo8FvhESdhIazsdmxHTZfZBrYCDUHrsmqCIe86ARwEUzQUJLYyCUjPUT3kw/s1600/casal.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSOX0B8K7gK7Z8O6DTWK6RKXvh75RXcxVqNVZHUmy0czOIGivtSfXy-coj7zVJfNLW80uOVcy91m2IMEakYo8FvhESdhIazsdmxHTZfZBrYCDUHrsmqCIe86ARwEUzQUJLYyCUjPUT3kw/s1600/casal.jpg" height="265" width="400" /></a><span style="background: whitesmoke; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Eu criei
coragem com o tempo. Fui me tornando homem com vontade. E nessa vontade perdi o
medo: o de viver, o de me entregar e o de proteger quem vier comigo. Acredito
que isso seja fruto da rejeição do passado, do trauma, em partes, superado e da
vontade enorme em ter uma história mais cuidadosa do que a que tive anos atrás.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: whitesmoke; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: whitesmoke; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Por
isso eu espero você. Eu entendo você. E pretendo não te julgar. A única
exigência que faço é: não solte a minha mão. Não me impeça de muita coisa,
apenas confia em mim. Eu não sou o mesmo cara de cinco anos de idade. Não fica
assustada, não entre em desconformes e não me tenha como inimigo. Apenas
confia. E me deixa ser algo teu. Não precisa temer a vida, sei alguns macetes. Me
segura forte e<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: whitesmoke; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">"Vem
que no caminho eu te explico."</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: whitesmoke; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: whitesmoke; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5873754104522507875.post-41993676720329650522013-10-21T00:37:00.000-02:002013-10-21T00:37:01.279-02:00A volta da saudade nossa de cada dia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihOgj5wUMQj1D6e4x1mJvanr6M7tQk7doq6ng4Z4FN7l-74v3dzS-kAhBx5ipVZSCno2BW3ZdekupjLsAgffHsfQjMNHS-c0jFKnrH9xSYKqZXN8NAnPbOF17E8Mww8D5ilk0UxjnoFAg/s1600/images+(4).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihOgj5wUMQj1D6e4x1mJvanr6M7tQk7doq6ng4Z4FN7l-74v3dzS-kAhBx5ipVZSCno2BW3ZdekupjLsAgffHsfQjMNHS-c0jFKnrH9xSYKqZXN8NAnPbOF17E8Mww8D5ilk0UxjnoFAg/s1600/images+(4).jpg" height="265" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ao som de <a href="http://www.youtube.com/watch?v=1odkjJCA10c" target="_blank">"All in all"</a>, Lifehouse</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A nossa vida tinha cara de verdade, meu bem. De verdade crua.
De verdade nua. De verdade estampada no varal. A nossa história teve cara de botão
de rosa: cheiroso, charmoso, delicado e real. A nossa história tinha cara-sabor
de fruta cristalizada, que lembrava o Natal frio do Sul. E o Natal frio do Sul
lembrava as nossas palavras quentes. Deixa pra lá, vê se dorme quando essa
parte da lembrança chegar.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nossa história teve tinta fresca, sabonete floral, carpete
antialérgico, sábado de cama, som de chuva e portas trancadas. Meu amor, as
coisas mudaram e tudo se perdeu – na última estação do trem. A gente viajou
cada um para o seu lado ao som do nada, porque não tínhamos nada mais para
tocar, a não ser o nosso passo solitário. Eu fui embora. Você também foi. A
gente se deixou. A gente se largou, essa é que foi a verdade.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i>Só não entramos no vagão do esquecimento. Esquecemos os
bilhetes.</i><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Deu pra perceber isso no bar, na semana passada. Passei por
você; você me provocou com seu perfume, eu me sintonizei na tua harmonia, você
cutucou o garçom, pediu uma bebida e cerrou os olhos: alguém nos viu nos vendo.
E ficamos tímidos pelas nossas vergonhas. Nunca havíamos passado por isso – e,
sobre as nossas vergonhas, o lixão a caminho da casa da sua tia, no lado oeste
da cidade, ainda deve guardar aquela lata de nossa velha timidez. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Voltando ao bar, ao passo que nos olhamos, ficamos mais
sóbrios do que quando havíamos entrado nele. E foi então que você me olhou de
novo, eu retribuí. Eu cheguei mais perto, você me segurou pela cintura e
acordamos três anos mais tarde:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">isso porque a história que agora contei foi nosso momento 1. E o reflexo dessa nossa mania de acreditar que eu amo você e "eu amo você", você pra mim, de verdade, veio só no mais tarde:</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> De uma verdade crua. De uma verdade nua. De uma verdade estampada no (novo)
varal. </span><o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5873754104522507875.post-27752528800613504842013-09-18T14:43:00.000-03:002013-09-18T14:43:26.887-03:00Eu queria ter nutrido aquela nossa amizade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8e-rgivkxUPwYTLQ2dwnexKGWE2VKlEmlfUGiOqxk2CYxeedtCxIwpSuQvNfIDpBJkwTSLpxs-0PQ1-00EZaaJK9inMV-p5Q36H8Da_U7fnU6fyU1jRU8NMu2fGs5VesIebxPZXAsnIY/s1600/images+(3).jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8e-rgivkxUPwYTLQ2dwnexKGWE2VKlEmlfUGiOqxk2CYxeedtCxIwpSuQvNfIDpBJkwTSLpxs-0PQ1-00EZaaJK9inMV-p5Q36H8Da_U7fnU6fyU1jRU8NMu2fGs5VesIebxPZXAsnIY/s1600/images+(3).jpg" height="249" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Eu queria ter nutrido aquela nossa amizade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>Eu queria ter nutrido nosso pacto porque tinha cara de construção. </b>E não de projetos. Daí se tivesse vodca? Daí se tivessem os meus e seus livros? Daí se havia <b>uma volta</b> no caminho? E duas? Daí se tivessem listas de pessoas, sacolas de despesas, garrafas vazias e Chico Buarque escondido no fim da prateleira? Mesmo assim nos valeria. Daí se houvesse um português errado - como esse meu agora? Ah...eu queria ter nutrido a nossa amizade. Ela me fazia sentir o gosto doce da vida e eu ganhava jujubas quando nos encontrávamos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Amizades não devem ser jogadas fora porque são amizades, leia-se: parte "suficientemente-suficiente-grande" e cremosa de nós. Amizade é doar. Sem medo de tentar ser feliz, e, se não for, que seja uma ligação deveras interessante o bastante para que alguém tenha vontade de sentar e conversar em <b>uma outra nova vez</b>. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ser amigo é ir de novo. Voltar se precisar, pedir carona se certo for e pular do caminhão caso também seja conveniente. Que amizade seja ir à praia e pular as doze ondas. Que amizade seja viajar e perder-se no destino da rua da ladeira - a corrida é tão boa que não interessa onde a descida vai dar: vocês estão e estarão juntos quando a velocidade chegar ao fim. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">até o fim.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5873754104522507875.post-71150463133403890342013-08-14T15:31:00.000-03:002013-08-14T15:31:30.246-03:00verboso sqn<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Por: <a href="https://www.facebook.com/sebastiao.ribeiro?fref=ts" target="_blank">Sebastião Ribeiro</a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3BFq6u5cn2ql0AioVTCpjXtKgzZretQjjh5NrQnY6PWvoAPlHbwFzRRjp1gVyaAo0CWSx5WqU9sg5sGarztUUaQsPDLFV4MNl5k333EWC5KaltEkqvGB3RJVtY1OggQmbBn7k-COW0DY/s1600/Poema+Seb%C3%A1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3BFq6u5cn2ql0AioVTCpjXtKgzZretQjjh5NrQnY6PWvoAPlHbwFzRRjp1gVyaAo0CWSx5WqU9sg5sGarztUUaQsPDLFV4MNl5k333EWC5KaltEkqvGB3RJVtY1OggQmbBn7k-COW0DY/s1600/Poema+Seb%C3%A1.jpg" height="640" width="121" /></a></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5873754104522507875.post-35997773457064177562013-07-30T14:47:00.003-03:002013-07-30T14:47:55.258-03:00Pat Peoples poderia ser meu/seu melhor amigo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYK1drB5u0laN3JsuXUjBpsv4sZ2Gb9ga_gw_Tmbfclgk9laEj9ql-rH2_pgEwiqwXBPFyHYA2g7SABUKD-paHvvcP09XKKtoABrM6EudBRNVT1PaS9Rx32w0PnEnAacOce0TzrbpNZ_E/s1600/Pat.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYK1drB5u0laN3JsuXUjBpsv4sZ2Gb9ga_gw_Tmbfclgk9laEj9ql-rH2_pgEwiqwXBPFyHYA2g7SABUKD-paHvvcP09XKKtoABrM6EudBRNVT1PaS9Rx32w0PnEnAacOce0TzrbpNZ_E/s1600/Pat.jpg" height="400" width="356" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Talvez o Pat tenha os maiores problemas do mundo, problemas que eu e você talvez nunca tenhamos passado e que, provavelmente, depois de conhecer a história dele,rezará a todos os santos para não passar. Mas Pat, ex-professor, recentemente saído de uma clínica psiquiátrica, um cara de 30 anos que tem: mais de sete caixas de remédios para tomar duas ou três vezes ao dia; um pai que quando não está de lua, fala com ele; um irmão bem sucedido que se esforça para ser o irmão que foi um dia; um melhor amigo negro que também está no "lugar ruim"; um outro melhor amigo dos tempos antigos que tem uma esposa que o controla e controla a amizade dos dois. Uma mãe super dedicada; uma Nikki que é a causa de seus problemas e uma Tiffanny - que talvez seja a sua solução. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tem também o Eagles, time de futebol americano que o situa no mundo </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(ou facilita o processo)</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> depois que ele sai do "lugar ruim".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>E uma figura importante, chamada Kenny G, que vai tentar matá-lo várias vezes. </b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Juntando todos, existirá uma meta: esconder de Pat o tempo real que ele ficara fora de suas vidas (foram anos, mas concretizar um tempo em uma escala é algo inviável a todos eles. Pat Peoples [ainda] não pode saber que passou mais de três anos tentando superar a internação, ocasionada pela infidelidade de Nikki, em uma clínica psiquiátrica, acompanhado pelo doutor Patel). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[ao som de <a href="http://www.youtube.com/watch?v=xGytDsqkQY8" target="_blank"><i>Closing time</i>, do Semisonic</a> </span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> <i>eu sei que é de outro filme, mas isso não interessa</i>]</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas há algo que Pat Peoples enxerga melhor do que muita gente: <b>o lado bom da vida</b>. <i>Sim</i>, que ele tem "um descompasso psicológico", <i>sim</i> que ele corre todos os dias, incansavelmente, com um saco de lixo enfiado no corpo para poder perder gordura mais rapidamente, <i>sim</i> que ele faz isso para agradar a Nikki, <i>sim</i> que ele corre também todos os dias com a sua versão descompassada feminina - e ninfomaníaca, Tiffanny - mas nada disso faz com que Pat deixe de ser menos ser humano do que nós. E <i>SIM</i>, ele faz isso porque acredita que podemos e que existe algo de bom nesta vida; o lado bonito das coisas, a utopia que não é utopia, a realidade que é alcançável e subvertida por muito de nós.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pat não é um louco desenfreado viciado em exercícios. Pat é uma pessoa que luta para ser alguém melhor, pelo simples fato de ter esperança que a vida pode ser boa. <i>Sim</i>, Pat poderia ser meu melhor amigo porque ele não ficaria no sofá da minha casa, apenas vendo Tv comigo, devorando um pote de sorvete depois de algum baque da vida. <b>Se Pat fosse meu melhor amigo, talvez ele nem me chamasse para correr com ele e um saco preto ou azul de lixo, mas Peoples se esforçaria para ser uma pessoa legal pra mim, por achar que é importante, que me faria feliz, que seria muito positivo pra mim e no fim, eu estaria sorrindo e gostando de estar com ele. </b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pat<b> acredita</b>. Ele se esforça, sabe que, no fundo, é importante para alguém e o que ele almeja deveria ser almejado por todo mundo - mesmo sendo a sua ex-esposa, por quem ele tem um amor intenso, nutrido por uma triste ilusão de que ela o espera. Mas Nikki é o amor dele. E é isso que significa. Por esta razão segue em frente, mesmo em partes desmemoriado, segue para alcançar e (re) conquistar um lugar mais sólido, uma vida mais digna, sua independência, um amor e mais outras vitórias para o Eagles - porque, se eles venceram, o pai dele ficará de bom humor dias e dias. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em suma, Pat seria um bom amigo porque ele procura por verdades. Se ele procura as verdades da vida, nos faria um bem sendo transparente, sensível e verdadeiro. Um bom amigo, em outras palavras. Certamente, em acessos de raiva, ele não descontaria em você também: correria, faria suas séries de modo incontrolável, até sentir o sangue em seu peito "como se fosse lava". Estaria calmo. Estaria sendo <b>sensato</b> para com o mundo ao redor.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pat é<b> O lado bom da vida. </b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ah, e outra: Pat Peoples te ensinaria <b>a lição do "superar"</b> - inclusive de como sobreviver ao ataque de um Kenny G e outras intermitências - inclusive do sax de "Song birds".</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5873754104522507875.post-31849660453738541272013-07-29T22:07:00.002-03:002013-07-29T22:07:59.875-03:00A Paisagem<br />
Texto de autoria da <a href="https://www.facebook.com/thayrinne.yasmin?fref=ts" target="_blank">Thayrinne Yasmim</a>.<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>Era
uma vez</b> <a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=5873754104522507875" name="_GoBack"></a>um guerreiro antigo... espere! Por que “Era uma
vez...” se esta história é tão atual e tão habitual? E por que guerreiro antigo
se o personagem existe em nosso século? O fato é que todas as boas histórias
começam com “Era uma vez...”, e que o leitor com o tempo vai perceber que
guerreiros antigos existem em todas as épocas e que histórias como essa teimam
em acontecer.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Retomando
o fio da meada... Era uma vez um guerreiro antigo, que era antigo pela época em
que viveu e não por sua idade; era jovem, forte e saudável. Em sua história, a
experiência era grande, mas no coração daquele guerreiro tudo era ausência,
saudade. Saudade do que ele nunca teve e do que ele nem ao menos conhecera.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ele
travava uma batalha a cada dia, vivia uma aventura de cada vez, subia em seu
cavalo, vestia sua capa e estava preparado pro que vier, pra missão que
recebesse. Mas quem disse que o coração daquele guerreiro era duro como sua
armadura?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Aquele
guerreiro, que a partir de agora vamos chamar de Miguel por ser este seu nome
de batismo, havia acabado de vencer uma de suas mais históricas batalhas,
lutara ele e seus companheiros de Ordem contra os morgadorianos em defesa da
honra do rei D. Filipe II, um velho amigo da infância que teve. Ao fim da
batalha que ficou conhecida como Guerra dos 30 dias em função de sua demora,
Miguel e os demais cavaleiros foram convidados a comemorar e descansar no
Castelo de D. Filipe.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">(...)</span></span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">D.
Filipe na tentativa de agradar seus amigos ordenou que fossem trazidas várias
mulheres para o seu divertimento. No entanto, nosso célebre guerreiro resolveu
fugir um pouco das vozes e cantorias e viu-se a andar pela cidade, fascinado
pela lua que naquele dia parecia brilhar mais que nunca. </span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;">(...)</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;"> Ao olhar ao redor, ele se deparou com um lugar de beleza inigualável, um lago com palmeiras altas que guardavam a lua entre elas, sua sombra refletida no espelho das águas e ao fundo o castelo com suas muitas torres iluminadas. Ali, sentada em uma pedra, uma mulher que, para ele, era a parte mais bela da paisagem.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIgNBkiLg_emmGMIkhzV57X6n1jzvVBdU4_5Je48O50sKmIOKdUl5orZzIltgOEWQka1HwLXPCtYVe4MPyesVJEHxb_erTzgWt1EMZeARENttcs03TTAJqIWPXO4QnMTTXubQi3vxvyz0/s1600/images+(15).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIgNBkiLg_emmGMIkhzV57X6n1jzvVBdU4_5Je48O50sKmIOKdUl5orZzIltgOEWQka1HwLXPCtYVe4MPyesVJEHxb_erTzgWt1EMZeARENttcs03TTAJqIWPXO4QnMTTXubQi3vxvyz0/s1600/images+(15).jpg" height="280" width="400" /></a></div>
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span>
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O
guerreiro não se aproximou, preferiu de longe admirar a cena por várias horas.
As festas duraram quantos dias durou a batalha, durante todos aqueles dias
Miguel se retirava do castelo e tomava o caminho daquela paisagem. Todos os
dias ele a via, mas sentia-se de forma diferente a cada dia, muitas perguntas
lhe vieram a cabeça e muitas vontades também. Por momentos aquela mulher da
paisagem o olhava e quando seus olhares se encontravam tudo ao redor sumia: as
luzes do castelo, o brilho da lua e sua sombra refletida, tudo desaparecia.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Não
havia outras palavras para descrever aquele sentimento a não ser dizer que
Miguel estava encantado, apaixonado. Um guerreiro apaixonado em meio a uma
batalha desconhecida, onde não havia estratégias que lhe parecessem funcionar.
“O que fazer? O que dizer?” Estava o guerreiro em uma teia de dúvidas, teia de
sentimentos, mas os sentimentos não eram duvidosos. O que permanecia intacta
era sua fé, aquele cavaleiro que sempre teve Deus por juiz sabia que ele lhe
ajudaria dando a coragem e o discernimento que a situação exigiria.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">No
dia que resolvera agir aquele homem não cabia em si de medo e ansiedade no que
estava por vir. Ao ver sua amada, as palavras de tão ensaiadas lhe fugiram. Mas
o olhar, aquele olhar de apaixonado disse tudo. Naquele momento ele soube que
mesmo sem palavras ela sentira o que ele sentira.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E
de repente, ao tocar sua mão a sentiu estremecer, borboletas voavam pela sua
barriga. Como era bom olhar naqueles olhos, sentir aquele toque e se sentir
cheio; cheio de uma emoção que nunca sentiu nem em suas mais magníficas
vitórias.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E
enquanto aquela noite guardava o sol em forma de lua, permaneceram ali aqueles
dois amantes sob o brilho radiante das estrelas. Das paixões que tivera aquele
guerreiro nenhuma se assemelhou àquela. Olhares que enfeitiçavam, pequenos
gestos que seduziam, corpos inquietos. Naquele momento, chamas de dois mundos
transformaram-se em um só...<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quanto
tempo passou não se sabe ao certo, mas a paisagem noturna continuou a se
repetir. Miguel fez então àquela mulher uma única pergunta: “-Porque todas as
noites você vem admirar a lua?”, ela respondeu que precisava sempre estar com a
mente e o coração voltados para a luz e que agora já podia sair dali, pois sua
luz agora era aquele guerreiro.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ao
andarem pela cidade vazia, as mãos unidas como se fossem uma só, Miguel
resolveu parar e pegar pequenas rosas de um jardim qualquer para presentear
aquela mulher; já não era mais noite, os primeiros raios de sol abrilhantavam o
horizonte. Usou sua espada para cortar as rosas, entretanto, o orvalho molhou
suas mãos e os afiados espinhos feriram seus dedos, mas o singelo presente foi
dado e recebido de bom grado. Fazer surgir aquele lindo sorriso naquele rosto
de mulher o fez sentir-se um homem realizado.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Já
no castelo, Miguel foi chamado pelo mestre de sua Ordem e avisado que dali a
algumas horas eles partiriam, pois uma nova batalha os esperava. Sempre tivera
sido fiel a sua Ordem e a seus companheiros. O juramento de fidelidade feito
quando menino não fora esquecido. Miguel pensou naquela mulher e mesmo tendo
que deixar parte de seu coração naquela pequena cidade, não poderia abandonar a
Ordem, cumpriria seu dever como guerreiro e protetor do povo. Levaria, entretanto,
em seu coração e em sua cabeça aquela mulher, o amor que ele nunca tinha
conhecido e que agora lhe parecia claro como a água daquela paisagem que também
jamais esqueceria.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O
fato é que Miguel provavelmente jamais voltaria àquela cidade e que se um dia voltasse
nunca seria para ficar. Era um guerreiro andante, sua vida era batalhar,
defender, até que um dia a morte o levasse. Caso retornasse um dia, aquela
linda mulher por quem ele se apaixonara teria então outra paixão, e ele também
teria outras pelo caminho, mesmo que incomparáveis. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ambos
sabiam, havia chegado a hora de dizer Adeus. O tempo que se passou certamente não seria esquecido; cada
momento agradável ao lado de quem se ama é eterno, assim como a história que se
agrega à vida de cada um dos amantes. Muitas histórias formam a história da
vida de uma pessoa, e muitas histórias de vida formam a história da sociedade.
Você tem que deixar algo seu para o mundo, mas pra isso é preciso força de
vontade, é certo e fácil entender: O que se faz na vida ecoa na eternidade!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 16pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">FIM</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 16pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i>Sim, caro leitor, lamento decepcioná-lo, mas esta não é uma história de
amor eterno, pois amores eternos não são atuais e muito menos habituais, amores
eternos não existem. Histórias, porém, existem, são eternas e todo mundo as
tem. Apesar da distância entre os tempos modernos e a sociedade medieval, hoje
ainda se cruzam estes mesmo amados e amantes, em diferentes cenários, mas ainda
os mesmos. A vida continua gostando de brincar com os corações e a lua continua
sendo a testemunha dos amores. Na história sempre ficará as figuras de romances
em que se fazem presentes as maravilhas do amor e a dureza e imprevisibilidade
do destino.</i></span></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> </span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5873754104522507875.post-12336041764068468882013-07-25T23:47:00.002-03:002013-07-25T23:47:56.399-03:00Todo mundo merece um café forte. Bem forte.<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao som de Free Fallin, John Mayer.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Hoje eu acordei e pedi um café bem forte pro Medina na padaria. Como que numa epifania, me dei conta que hoje faríamos 5 anos - caso estivéssemos juntos. Meio que não obstante abri a gaveta da franquia do nosso filme, daquilo que a gente chamou de rolo, namoro e quase casamento. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Entre um gole e outro, a cafeína foi descendo cada vez mais forte. Medina me olhava como se eu estivesse empurrando um café muito doce e estivesse desfrutando de cada grama de açúcar como se fosse uma formiga: com prazer. E ele tinha razão. Estava. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A gente demora muito a entender o sentido da expressão "deu certo". E a segunda parte dela "até certo ponto". Diversas vezes eu julguei que a gente não se merecia, que tudo só deu errado, que nada era para ter acontecido. Inocência e ansiedade minha, oras. Nada a ver com a realidade. </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGnGwWqgHbd__-NPR5kfrGiBc8g_ihslHi7oco17mETl-5D6rxxb_npkG7zSn5sXWj5MR2RNTCM2p93tKy3zx8xqA88JlucVgw_1L5aoTWEXQREhjDiCBMOYOVPleA5c928IYC4XawqoU/s1600/coffee.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGnGwWqgHbd__-NPR5kfrGiBc8g_ihslHi7oco17mETl-5D6rxxb_npkG7zSn5sXWj5MR2RNTCM2p93tKy3zx8xqA88JlucVgw_1L5aoTWEXQREhjDiCBMOYOVPleA5c928IYC4XawqoU/s1600/coffee.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Toda a nossa vida deu certo. Todas as viagens, todas as brigas, os enlaces, as noites de conchinha. Até que na noite de 25 de Maio de 2012 a gente resolveu se separar: porque a chama simplesmente tinha acabado, algumas situações sem sal surgiram e descobrimos que viver a dois, nós dois no caso, já não tinha mais brilho. A realidade desfilava na nossa frente e a gente resolveu partir para a inteligência mesmo e aceitar o convite de cada um pegar o seu bonde.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na manhã seguinte da nossa separação você passou lá em casa para pegar suas coisas e colocá-las no carro. Eu tinha aula no curso de História da Arte, você precisava viajar para a Itália a trabalho em quatro horas. Parecia que tudo tinha se encaixado. Na verdade estava escrito e a gente só seguiu o script como duas pessoas normais e obedientes - e metódicas. Nesta mesma manhã já não éramos um casal de 4 anos e uns meses. Éramos eu e você - duas pessoas recém separadas. Nesta mesma manhã estávamos com fome e resolvemos passar no Medina - já para criar saudade. Pedimos um expresso daqueles: bem quente, com leite, fumaça e forte.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Depois da cafeína em alto grau e atravessando a porta do bar, já tínhamos a certeza de tudo: era nossa última primeira refeição do dia juntos. Mais forte que o café, mais forte do que a cafeína, era a certeza de que naquela manhã estávamos fazendo a coisa certa. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Da mesma maneira como faço todos os dias como se ainda fôssemos um fazendo companhia ao outro: pedindo o mesmo café ao Medina. Só que agora para despertar.</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5873754104522507875.post-26781004709561533882013-07-05T23:49:00.001-03:002013-07-05T23:49:09.772-03:00O que "Penny Lane" teve a ver com a nossa vida<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao som de <i><a href="http://www.youtube.com/watch?v=jd-oLhJQne0" target="_blank">Penny Lane</a></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Então que <i>Penny Lane</i> nos marcou. Tivemos uma devoção cíclica por ela e, apesar dos pesares, ela sempre nos representará. Lembrei de nossas passeatas com <i>Penny</i> outro dia, ao arrumar minha estante. Uma caixa esquecida no fim da parte superior veio desabando lentamente sobre minha cabeça. Em meio ao chão, fotos, coleções. cassetes e recordações, bati o olho: nossa primeira foto, tirada numa rua boêmia, contemplativa de nossas artes e palco, por diversas vezes, de nosso ex-amor. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZjNA9_uybX2RK2ddtXa1ZePpNAeE2tA6lmggW_zkUyWpqBvD7K90GgMxxZiDST2BbTs5V0EIBw0jYva5FMFbUjKImkF3u7jbs5XcK6hYltD5KPpcGj_dNAgQDoNOv0DzkdH7eBa74Eq8/s1600/images+(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZjNA9_uybX2RK2ddtXa1ZePpNAeE2tA6lmggW_zkUyWpqBvD7K90GgMxxZiDST2BbTs5V0EIBw0jYva5FMFbUjKImkF3u7jbs5XcK6hYltD5KPpcGj_dNAgQDoNOv0DzkdH7eBa74Eq8/s1600/images+(1).jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Daí que <i>Penny Lane</i> me fez "te lembrar". E a linha tênue entre o passado e o presente surgiu como que em um passe de mágica. Nosso ex-amor fora contemplado, cortejado e admirado. Tomou conta de muitas cabeças - <i>muitas cabeças que tiveram o prazer de nos conhecer</i>. Me fez lembrar também o quanto bacana foi e bacana será nossa história. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A vinda de <i>Penny Lane</i> para nossa vida deu-se no verão de 99, quando você ainda era só minha amiga, e em uma roda com meus outros tantos amigos, trocamos olhares solitários (e que nos lembravam os olhos de outra Beatle, a Lucy), quando resolvemos juntos cantar o refrão. Nossos <i>olhinhos de caleidoscópio</i> não negavam: <i>Penny Lane</i> havia <i>nos apaixonado</i>. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Foi aí que resolvemos subi-la de patente: virou nossa <i>love song</i>. De lá para as andanças seguintes, foi aquela música de abertura da novela das 8 (porque, convenhamos, nosso ex-amor foi quase uma novela, nem tanto mexicana, mas se formos escrevê-lo, saiba, ficaremos ricos) e a trilha dos créditos do filme da última sessão do cinema. Viramos esquinas, fizemos amor, quebramos dois pratos e 4 canecas. E registramos nosso caminhar sob suas notas.</span></div>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: right;">
<i><span style="color: #444444;">Penny lane is in my ears and in my eyes</span></i></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: right;">
<i><span style="color: #444444;">There beneath the blue suburban skies</span></i></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: right;">
<i><span style="color: #444444;">I sit and meanwhile back</span></i></div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Adoecemos, nos desentendemos, mensuramos tudo e chegamos à conclusão que precisávamos parar. E paramos. E parou. O que <i>Penny Lane</i> teve a ver com a gente é que assim como na canção, tudo tende a acontecer e se renovar ou, simplesmente, de desfazer, ou mais ainda, fazer parte de uma natureza comum. E isso se chama "vida". E e na vida existem poucas certezas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em <i>Penny Lane</i> sempre existirá um banqueiro, um barbeiro, uma rua movimentada. Em nossa vida sempre haverá "algo para acontecer", mas assim como o barbeiro que tinha inúmer</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">as fotos de pessoas que por ele passaram, sempre haverá algo novo a vir. E desconhecido exigindo aceitação.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">"Sim" que nossa história foi um dia nova. "Sim" que um dia a gente se fez um par. Mas, sei também que a vida pode trazer boas novas, a mim e a você. E sejamos gratos e felizes por isso. Que sejamos gratos e felizes por tudo. Pois...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">"...e daí que como todas as boas músicas, </span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">todas as boas histórias de amor são eternas. </span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O som acaba e a mensagem continua". </span></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></blockquote>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5873754104522507875.post-3077740880417309902013-06-17T23:07:00.000-03:002013-06-17T23:07:44.788-03:00Arrume a casa (Ou como perder o jantar em um passo).<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZvmgd-OyZGv22MG-YxzvnZCjmPZdX01HUgXXSXCYxd9_ZJLM-0xv8aMPyk2TE4i4YHIybWTWySCJZHwcWNPmLO8UzuZFpym3zbaf4mDUt0HCTa_uYWGtZ5PBTDUgEbXeUhtS1JEJ3vS8/s1600/lar.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZvmgd-OyZGv22MG-YxzvnZCjmPZdX01HUgXXSXCYxd9_ZJLM-0xv8aMPyk2TE4i4YHIybWTWySCJZHwcWNPmLO8UzuZFpym3zbaf4mDUt0HCTa_uYWGtZ5PBTDUgEbXeUhtS1JEJ3vS8/s1600/lar.jpg" height="400" width="282" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Lar doce lar. Ponto. E há algo de errado quando se tem muita bagunça na sala, na pia da cozinha, no jardim, em cima da cama e debaixo do sofá. Há algo de errado quando não mais se encontra uma diarista aos domingos - afinal, há filhos de Deus em todos os cantos e domingo é dia santo e se tem missa antes do jantar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pausa. Eu a-ci-den-tal-men-te disse "jantar". O que você perdeu, vai perder daqui a pouco e que amanhã, bem provavelmente, também não terá. Não terá porque você detesta "refeicionar" sozinho e a última visita que se propôs compartilhar com você, <b>você não deixou chegar</b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Jantar? Visita? Não deixei chegar? #perdiofiodameada</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Perdeu o fio do sensível - talvez esteja depositado no jarro laranja, no canto esquerdo da entrada da casa. Deixou a carta da felicidade na caixa de correios e bateu a porta. Bateu a porta porque "diz-que" precisava sentar no sofá e ver TV. Não somente sentou-se no sofá, como também fez dele sua penúltima morada. A vizinhança nunca mais te viu, o Seu Mário, do outro lado da rua, nunca mais convidou você para pescar e a D. Gilda, te desadotou. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E o que você ganhou com seu sofá? A casa: nunca mais arrumada. Os móveis: empoeirados. A garagem: o matinho do jardim já anda invadindo. Uma vida em acúmulos e um convite recusado para a refeição da noite. Casa bagunçada, caro leitor, é casa sem "ter pra quê". Casa bagunçada, doce leitor, é para não se chegar perto. Casa bagunçada não é para perder um jantar, mas, sim, jantares. Em um passo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aquele que não nos tira do sofá e deixa um lugar para Newton.</div>
<div style="text-align: justify;">
E uma visita do lado de fora.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5873754104522507875.post-42144743766108406082013-05-30T01:00:00.001-03:002013-05-30T01:00:25.634-03:00"Marina, morena, Marina...Você se pintou..."<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0P3V5YFLtFrGWioLh2jlEgVLrfBPa9RJhepQ1XRLZE3mwfiz23StDeydaI5T71uZukJ-MGqVaXoxPKiFVedhjeQcrPTmZ6mB76foFl3NXeF2j8UWD4LShBeYFKuq9hV5MMJdIqea2zJE/s1600/marina.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0P3V5YFLtFrGWioLh2jlEgVLrfBPa9RJhepQ1XRLZE3mwfiz23StDeydaI5T71uZukJ-MGqVaXoxPKiFVedhjeQcrPTmZ6mB76foFl3NXeF2j8UWD4LShBeYFKuq9hV5MMJdIqea2zJE/s1600/marina.jpg" height="391" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">"Então me diga quantas vidas você tem?"</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ao som de <i><a href="http://www.youtube.com/watch?v=ILBwSrD6VOQ" target="_blank">"Quantas vidas você tem"</a></i>, Paulinho Moska</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Para quê uma piscina, se podes o mar?</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Moça, "deixe meu último pedido para trás", e vamos falar um pouco de você. Há muito venho a perceber-te e conclui, para minha desbotada desilusão: não estás nem aqui, nem lá. Não descobriste ainda se ficas, se permanece ou se vai embora. Onde, afinal, queres estar. Ao passo que tentas revelar-te, seres mais notável, torna-te passível de você mesma. És teu núcleo e isso é uma questão que merece ser revista. Há perigo na contramão. </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Pergunto quantas vidas tens porque pareces ser um polvo, e, ao mesmo tempo, não consegues chegar para perto de si. Até te conheces, mas não te sentes. Veja bem: você sabe que a pele do Paulinho é negra, mas és, ainda, incapaz de senti-la. Vitimizas. E isso não lhe parece estranho?</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">"eu olho para o infinito e você de óculos escuros"</span></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Aceito suas escolhas, mas deixo claro: não dá para entendê-las, apenas agregá-las a uma série de situações/definições/contradições/especulações nada construtivas. Tem alguém que precisa alinhar todos os sóis do planeta, para que a vida venha a fluir. Direi que o espelho andas a atrapalhar-te, moça. Deixo claro que acredito que estás a complicar tudo, a girar o mundo em tua órbita e, quando tudo ganha força, somes: ou vá ou fique. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Boa parte de nossa má sorte e de nosso descontentamento saem do armário do nosso quarto. Nem todos nesta vida gostam de bagunça, porque, atrativamente, a bagunça não oferece um achado na primeira tomada. Cuidado, arrumar o quarto depois que já se conhece é mais fácil. "Marina, morena, Marina, você se pintou" de todas as cores; ficou confuso, menina. Ficou confuso...Não que queiramos que sejas unicolor, mas não necessitavas explodir tanto assim. A vida vai te perceber na transparência. Talvez alegues que este seja teu modo, mas </span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">"Marina, morena, Marina, você se pintou" de modo compulsivo que a gente não consegue te encontrar. Um jeito que você não se consegue. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">"Marina, morena, Marina, você se pintou", e sobrou tinta. Tintas de você.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5873754104522507875.post-13727670826823766002013-05-11T01:12:00.002-03:002013-05-11T01:12:31.573-03:00Rodapé, fonte 5. Para quietar.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIhhEJ8PmapBQ5VlcVVD_1ddQazEuAE1N_ema78VQmQfvGaZsD6nz9o0wUDwyqo9EIgILLzooB1Wy2_EG9jRlfDkSjCy-m-L2fQkvYtlpGuxMnBMjmlkRzRnUQV1mxnu9umPSCjFGakVc/s1600/images+(1).jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="293" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIhhEJ8PmapBQ5VlcVVD_1ddQazEuAE1N_ema78VQmQfvGaZsD6nz9o0wUDwyqo9EIgILLzooB1Wy2_EG9jRlfDkSjCy-m-L2fQkvYtlpGuxMnBMjmlkRzRnUQV1mxnu9umPSCjFGakVc/s400/images+(1).jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
" É melhor ser rei do teu silêncio...<br />
<div style="text-align: right;">
... do que escravo de tuas palavras".</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>E é sobre a quem contar as tuas palavras. E é sobre a quem dizer teu discurso. E é sobre a quem referenciar tuas entrelinhas. E é sobre a quem entregar teu livro.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Isso porque o silêncio ainda pode nos levar não mais à loucura, mas sim ao topo do barulho. E as nossas palavras podem nos pregar belas peças se lançadas pelas mãos alheias. Voltar aos farrapos virão. Nada do que foi será como antes e o antes planejado foi desfeito por quem não sonhara os teus sonhos. Ah, foi só porque eu quis dividir...mas aprenda a lição: sonhos não foram feitos para serem divididos, mas, talvez, para ser emendados a outros sonhos...depois que um torna-se real. Mas só depois de um tornar-se é que a vida ganha tino. E as palavras viram árvores a serem cuidadas, podadas e frutíferas. Acredite no dúbio lado da vida e das pessoas...cuide da alma, do espírito e das palavras. Trabalhe o silêncio....cuide do espírito, da alma e das palavras...porque neste mundo o mais ingênuo e o mais cruel são extremos, e extremos chamam atenção e atenção incomoda e atrai. E não vou falar da felicidade porque esta deve ser obrigatoriamente clandestina. Clandestinamente particular. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Que o nosso corpo, nossos olhos, nossos ouvidos</div>
<div style="text-align: justify;">
e nossos lábios tornem-se, </div>
<div style="text-align: justify;">
túmulos.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5873754104522507875.post-42394234615684499672013-03-04T23:18:00.002-03:002013-03-04T23:18:15.217-03:00“I am a Superman thanks to Lois Lane”<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd1JRXIgDrBcEyQJIitWdsArbgcZb22gKOQ93ho2guarH1kqk-F4ZiNoFgbYTMtW4cFAFS54-YvoCY6w-zso5nDf5wQA-Yf837Tw20IwrkxvxP0wbaXaICrP73vmL8-q2OMMRKUxdHfDA/s1600/images+(11).jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd1JRXIgDrBcEyQJIitWdsArbgcZb22gKOQ93ho2guarH1kqk-F4ZiNoFgbYTMtW4cFAFS54-YvoCY6w-zso5nDf5wQA-Yf837Tw20IwrkxvxP0wbaXaICrP73vmL8-q2OMMRKUxdHfDA/s320/images+(11).jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i>Love stories</i> são os tipos de história
que eu gosto. São do tipo de história que me fazem brilhar os olhos, pular de
alegria e/ou quando quase dão certo, me impulsionam a querer respirar fundo e
seguir em frente. Mas hoje eu quero falar de histórias de amor que nos fazem
bem: a pele, os olhos, os lábios e o coração. Porque, simplesmente, histórias
de amor nasceram para serem vividas. E bem vividas. Intensamente.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Então
deixa eu te contar mais uma.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O amor tem dessas de se encontrar
pelo meio da página, e nos livrar da possível desistência em relação se devemos
ou não devemos prosseguir até a última linha, página 460. O amor tem dessas
coisas de resgate, meio Superman. O amor tem meio dessas coisas de abraçar com
muito querer, meio Lois Lane. E de um começo que talvez só comece no rodapé da página 461. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="background-color: white; color: #a3a3a3; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; text-align: right;">Be my mirror, my sword and shield</span></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Começar na página 'quatro-meia-um' requer força. Usar somente capas, usar somente poderes, usar somente telepatia, não cabe. O que encaixa é a vontade de escrever uma nova página, talvez se entregar ao clichê, talvez dar uma inovada, mas certamente corresponde ao querer saltar da janela do mais alto prédio da cidade. Vejamos que medo de altura não pode haver: ou se joga, ou se desce pela escada - mas sem um "incêndio", provavelmente não será a mesma coisa. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Em meio a estes parágrafos eu já comecei a minha história. É até um pouco difícil de contar porque não passo de um mero narrador-observador da esquina ao lado - contente, a frisar. Vi o casal virando a esquina dos desafios, que termina no fim da ladeira, em curva para o por-do-sol. Foi muito bom ver o bailar de mãos e de sorrisos. Fluiu. Fluiu devagar, ao pouquinhos, no tempo certo, como tudo deveria ser. NASCEU. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Há um Superman para uma Lois Lane porque o que falo aqui é sobre novos caminhos. O que falo aqui é da vontade de proteger e ser protegido, é da vontade de caminhar sempre sem pedir para mostrar a fuga, mas sim para ir junto Quando falo da Lois e do Super, falo do grande salto que é amar: não é só pela adrenalina, é, essencialmente, pela vontade de <b>vencer, </b>como os grandes heróis - seja lá o que vier. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5873754104522507875.post-80096742601636921632013-01-26T17:01:00.001-02:002013-01-26T17:01:46.386-02:00' Te ver não é mais tão bacana como na semana passada'<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5I_89951j-J_336__wyPLwkvROspjkfNsCRRzyLS0hB9EDtaIEoHy3uRFKuq39K1FmpgEP8oH2amwNNcnkJwKx1rlfYJwfFFYHokkgL0eP8PYrl5jvO5_0gI5pRJK1ac5T5A1qmtLquc/s1600/de+%C3%B3culos.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5I_89951j-J_336__wyPLwkvROspjkfNsCRRzyLS0hB9EDtaIEoHy3uRFKuq39K1FmpgEP8oH2amwNNcnkJwKx1rlfYJwfFFYHokkgL0eP8PYrl5jvO5_0gI5pRJK1ac5T5A1qmtLquc/s400/de+%C3%B3culos.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Te ver não é mais tão bacana como na semana passada</i>. Aconteceu. E você bem sabe, afinal, quem resolveu abandonar tudo. Não tenho mais nada com os seus pertences que insististes em deixar por lá para ver se eu ainda ligaria para você: favor, o moço da portaria ainda espera pela sua chegada dentro de 24 horas. Estou de mudança do seu mundo também. Não foi minha culpa se você teve medo de ficar: mamãe desde cedo me ensinou a matar baratinhas com meus chinelos de dedo. Hoje, se há algo de você em mim, é por mero incidente mesmo. As palavras da nossa história hoje fazem parte do mesmo epitáfio que a ela enfeita. Alguém bateu a porta, e agora não me envie mais notícias. </div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Te ver não é mais tão bacana como na semana passada</i> porque na semana passada ainda tínhamos mentiras e estas me arrancavam tantos sorrisos que achei que era amor, mas era inventado. Não me dê um abraço, não venha me apertar. Se despeça, de uma vez, à francesa. Saia ligeiro, sem fazer bagunça, sem derrubar minhas coisas também. Nem olhe para trás porque, se for para guardar a marca dos teus olhos, que seja um arquivo salvo do nosso primeiro grande encontro. Se meu falar parece despeitado, é despeito, sim: a literatura e as novelas de Maneco me ensinaram que amor-amar-amante nasceram para fazer de nós seres completos, devassadamente descompassados na imersão da nobreza do que é gostar de alguém - ninguém me avisou que <i>espadaçalhar</i> alguém é o mesmo que amar. Agora, devassadamente na imersão da tristeza do que é desgostar de alguém, te deixo na semana que acabou.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Te ver não é mais tão bacana como na semana passada</i> porque na semana passada você chegou com suas malas aqui em casa, porque não se pensava em epitáfios, porque você matava as baratinhas, porque você cumprimentava o moço da portaria, porque você abria a porta, porque ainda tinha Maneco, porque você derrubava minhas coisas, porque eu me perdia no seu olhar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje, t<i>e ver não é mais tão bacana como na semana passada, </i>porque na semana passada eu ainda amava você. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: right;">
<span style="background-color: white; font-size: 16px; line-height: 27px; text-align: start;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><i>"E quando acaba a gente pensa</i></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="background-color: white; font-size: 16px; line-height: 27px; text-align: start;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><i>Que ele nunca existiu"</i></span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5873754104522507875.post-60759482937996043722012-10-14T09:29:00.001-03:002012-10-14T09:29:31.010-03:00Os amores que Lísia (não) teve<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrP_p01mM4QaxGd1jdX2q-CDNGMJQFQRrmjfbuKAgDG175noTS29sXbyOWJOzuM7XwzAzQ4Xt2l-R6ohPt1a6IjxvFON2QESH4VIrCq4m3oTeAXlT1Zya5TGC3P4XHrd851l7udpbCJzI/s1600/lisia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrP_p01mM4QaxGd1jdX2q-CDNGMJQFQRrmjfbuKAgDG175noTS29sXbyOWJOzuM7XwzAzQ4Xt2l-R6ohPt1a6IjxvFON2QESH4VIrCq4m3oTeAXlT1Zya5TGC3P4XHrd851l7udpbCJzI/s1600/lisia.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lísia pintava as unhas de rosa pink, o cabelo de caramelo, adorava bolsas vermelhas, saltos 12 e Rimbaud. Pelas duas da tarde já havia feito sempre metade das suas atividades do trabalho. À noite, corria para o ballet a fim de buscar seu equilíbrio emocional, ou melhor, aperfeiçoá-lo. Aos 23 anos de idade Lísia já era uma mulher adulta, com um emprego legal, um Troller amarelo e toda a sua coleção dos Beatles e do Chico completas na estante principal do seu apartamento. Sem falar que já estava em seu segundo momento de coleção cinematográfica: mesmo sendo uma pessoa alegre, sempre tendenciou apaixonar-se pelas obras de Burton, sua primeira fileira de filmes fechada. Agora, iniciava a sua saga pelas histórias coloridas de Allen. No mais, Lísia se completava, só não nos amores. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se Lísia fosse uma cor, certamente seria transparente. Nunca foi de pintar muito suas palavras, a não ser que fosse um assunto que se envergasse para as Artes, fora isso, diziam que ela era fria. O mais engraçado é que os afirmadores desta acusação eram justamente aqueles quase-amores que Lísia abandonava. Ela sempre foi uma menina romântica, daquelas que comprava vasos e vasos de flores e escondia embaixo da pia na esperança de que, em algum momento de sua vida, o porteiro do seu prédio interfonasse e avisasse que subiria com umas flores para ela. Contudo, mesmo ainda chorando ao ouvir Roberto Carlos, Lísia aprendeu com a vida que nem tudo são flores. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Seus antigos romances nunca deram certo, e ela vivia se preguntando o porquê de tudo acabar em reticências. Um dia, acordou filósofa. Olhou para o espelho como filósofa e decidiu revisitar amores na sua memória e buscar um ponto em comum a todos eles. Depois de algumas doses de café e umas palavras de Billy Paul, numa manhã cinzenta de início de ano, Lísia contentou-se com uma lógica: enquanto esteve conhecendo as pessoas amantes de sua vida, em nenhum momento deixou de ter dúvidas motivadas pelos Juans. Sempre houve uma incógnita sobre eles escondida, camuflada. Algo que ela fez a vida toda vista grossa de óculos escuros. Talvez por comodismo, talvez no erro de pensar estar fazendo uma coisa e na hora outra, sem saber. Em suma, foi em um dia de filósofa, cinzento, de Billy Paul, de café forte, que Lísia se deu conta de que o melhor caminho é o da certeza discursiva. Viver de interrogações é mal caminho. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lísia percebeu, jogando-se no sofá, que nunca foi amada por nenhum deles, tendo em vista que, por conta da dúvida particular que estes tinham, nunca nenhum deles lhe dera a certeza positiva, desse modo, nas entrelinhas, a obrigação dela era uma hora desistir. E assim o fez a vida toda. Depois de todo esse momento-descoberta, Lísia seguiu para o banho, soltou Jobim pela casa, lavou o caramelo do cabelo. Desceu para encontrar o Troller com uma caixa cheia de cacarecos: eram as lembranças dos antigos amores. Jogou na mala. Perambulou um pouco pela cidade, parou em uma lixeira pública, deixou tudo lá. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lísia nunca foi amada. Mas sem preocupar-se com isso, lembrou-se que tinha marcado hora no salão para trocar o tom do pink das unhas, lembrou-se que chegara novos longas do Allen e que, às 22h, ficou de encontrar Beto no La Monique. Ao menos Beto já havia dado <b>certeza</b> que iria, e isso já era um bom sinal. </div>
Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5873754104522507875.post-28718990628772521342012-10-12T15:04:00.001-03:002012-10-12T15:04:38.426-03:00Do lado de fora<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Em uma conversa tranquila,
perguntei quais motivos justificavam a partida dela. Aberta a seção de argumentos,
ele ficou em silêncio. Olhou para o copo em cima da mesa, virou-se para o lado
e, com uma menção de lamento no olhar, contou-me. A postura dele comportava-se
com imprevisibilidade. Era estranho um homem daquela envergadura moral
apresentar-se um tanto quanto perdido nos seus próprios desenlaces. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">- Estranho seria se,
realmente, ela não tivesse ido embora – disse.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">- Como assim?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">- Eu nunca estive com ela,
para falar a verdade. Sempre achei que estava tão bem comigo mesmo, com minha
vida e com meus problemas. Nunca, para ser sincero, eu a deixei entrar. Acho que ela
estava o tempo todo na janela da minha vida – espiando-me de fora para dentro,
ou, como fazemos nos balcões das lanchonetes: solicitando as próximas ações aos
atendentes. Para dentro da minha vida
não deixava passar muita coisa. Tudo aquilo que poderia, mesmo que fosse por
alguns minutos, me fazer perder a direção, eu colocava uma etiqueta vermelha e
um prazo de validade. Ela levou muitas etiquetas vermelhas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">- Mas por que “etiquetá-la”?
Afinal, gostavas ou não dela?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">- Eu gostava. Não gostava
era do jeito completamente persuasivo dela. Do cabelo ao modo de falar, ela
sempre me foi diferente. Eu sempre tive....bem, para você eu posso dizer: eu
sempre tive medo de que, a qualquer momento, eu pudesse pedir para que ela me
pegasse pela mão ou então me acariciasse os cabelos a fim de tornar meu jeito
de pensar menos propenso a desconfortos e minha vida um pouco mais cordial.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">- Compreendi em partes o que
você falou. Mas, afinal, ela era mais problema ou, digamos, mais solução?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 18px;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">- Ela sempre foi completa. Eu é que fingia não ver. Fazia questão de não demonstrar. No fundo, eu tinha interesse, mas sempre julguei que em relação às coisas que eu fazia, ela seria imprópria a todas. Mas eu me enganei. Depois de um tempo, um tempo tarde, diga-se se passagem, eu percebi que meu egoísmo foi de tamanha primeira pessoa que, quando dei por mim, tinha jogado a grande chance da minha vida pela janela. Afinal, nunca fui capaz de abrir a porta para ela entrar. Se ao menos assim tivesse feito, a teria convidado para desfrutar de um <i>matte</i> gelado, uma boa conversa, e, quem sabe, uma divisão de dia. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 18px;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 18px;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">- Mas, no entanto, negaste a regar flores.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 18px;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">- Exato. Neguei-me a regar flores. Estou sem jardim. Agora tenho de me contentar a regar a casa com perfumes artificias - com a obrigação de se aproximarem ao máximo do dela. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzijsmAYwxo3Nv67YHkflkv0Sxj94wo5h7IeQTMn0rnCmeB3FmuEoEahAVKeUuT7qJl3h46IGHjETglKgNr_w3mZ7UTktDlQyh8pa5WlD1GaEYqZuO8UFYX7Iy95OgjrpMeMECeNwql2M/s1600/na+janela.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzijsmAYwxo3Nv67YHkflkv0Sxj94wo5h7IeQTMn0rnCmeB3FmuEoEahAVKeUuT7qJl3h46IGHjETglKgNr_w3mZ7UTktDlQyh8pa5WlD1GaEYqZuO8UFYX7Iy95OgjrpMeMECeNwql2M/s1600/na+janela.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5873754104522507875.post-75051508935629711912012-09-01T10:34:00.001-03:002012-09-01T10:34:34.744-03:00Das intermitências da paixão e das penitências da saudade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsR3MNlefYNMgfFMF83CJvZ2CGEA3OJ7_iNH0QS0WJYr83BXOM-Xm-AIi94-2cdPWt4_IQyuawiPEQlX0aoacFjkpaywNDxKlvlMRvebOthlCj-FB4seGgpOw6Q4EGoiuJUzHiE8neSfM/s1600/tumblr_lw405pmty51qhdgioo1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsR3MNlefYNMgfFMF83CJvZ2CGEA3OJ7_iNH0QS0WJYr83BXOM-Xm-AIi94-2cdPWt4_IQyuawiPEQlX0aoacFjkpaywNDxKlvlMRvebOthlCj-FB4seGgpOw6Q4EGoiuJUzHiE8neSfM/s400/tumblr_lw405pmty51qhdgioo1_500_large.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Sobre a paciência a gente sabe bem pouco: só sabemos mesmo quando nos dispomos a conhecê-la. Tarefa árdua, teste de sobrevivência, mas com um fim satisfatório. Não necessariamente na ordem "felicidade-felicidade-desilusão do fim". Talvez seja mais apropriado afirmar que a ordem poderá ser "desilusão <b>já</b> no início-felicidade-felicidade-desilusão <b>da parte do meio</b>-felicidade-<b>lição"</b>. Perceba que o fim não veio. E nem virá. </i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Paixão faz parte daquele conglomerado de sentimentos que aprendemos a sentir sem pretensão alguma e quando nos damos conta, já passeamos pelos diversos estamento que a formam e já aprendemos um pouco mais do que é a vida, também.</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O esforço que ela fazia era hercúleo. Nem ela própria se reconhecia. Para e respira...respira e para. Continua. A sensação que ela tinha era que estava a persistir pelo (e no) vazio. Lutava contra o silêncio e percebia que, por vezes, falava com as paredes. E falar com as paredes era uma tortura para uma menina de alguns vinte e tantos anos quebrados sem fastio. Ela queria tentar, para que depois não se arrependesse <b>de não ter se dado </b>aquela oportunidade. De fato, a probabilidade de desistência não lhe saía da cabeça. Para o momento em que se encontrava, divisão, partilha e união se coadunariam a favor de todo o universo em que habitava. Ao mesmo tempo, rezava para não ser egoísta e, nem mesmo, repousar nas dependências de Narciso. <b>Mas já doíam-lhe as palavras</b>. Alguém na história parecia não querer entrega, apenas devolução. E a devolução é um transtorno maior que o estágio inicial: vem no pacote a saudade, o "tentar" submerso, a ida quase que em vão e a vontade de ter permanecido um pouco mais - além das linhas que pareciam já terem sido escritas. Mas ela sempre fora persistente nesta vida: se espetara várias vezes dando "murro em ponta de faca". Mas, da pouca matemática que sabia, a "prova dos nove", sempre a agradara. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por fim, mesmo nas intermitências de uma paixão, que aos trancos e barrancos não sabia se concretizavam-se ou se caíam no esquecimento, deixou-se levar pelo vento do indefinido. Aceitou que penitências amorosas ainda nos tiram da possibilidade de não descobrirmos o que nos faz realmente vivos, demasiadamente humanos. E, quem sabe, mais próximos daquilo que é justo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="background-color: whitesmoke; color: #333333; font-size: 14px; line-height: 18px; text-align: start;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="background-color: whitesmoke; color: #333333; font-size: 14px; line-height: 18px; text-align: start;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span></span></div>
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