quinta-feira, 19 de maio de 2011

No rodapé


E a mensagem é sempre a mesma: " Continue a render-se a mim. Profira todas as suas palavras, toda a sua paixão e demais vicissitudes. Economize tempo para o mundo e gaste-o por completo em mim. Sei que te satisfaço, portanto, a ti serei fiel. Apenas caminhe sempre ao meu lado." [diz a consciência da minha escrivaninha] E eu, disciplinamente, tento não me apaixonar por outras coisas...Tento não traí-lo. Tento em minuto algum me distanciar. E eu já entendi que não haverá outra maneira (tão eficaz) de ser feliz, que não seja nas entrelinhas. 
 


E prolongo meus amores. Minhas divagações mundanas. Meus sortilégios. Minhas agregações. Meus não-pressupostos. Por um pouco mais de líquidos viciosos; drogas completamente lícitas e por um mundo no qual primavera não é primavera se não houver, criatura. E eu não caibo nas quadrantes de muitas matemáticas. E eu não me registro em diversas histórias alheias. Só compenso em formato de letras, palavras e textos: nas literaturas de poucos por aí.  Talvez eu não me entregaria com amor. Provavelmente não existiria poesia em mim.

Um post it: 


"Eu tô levando tudo de mim
Que é pra não ter razão pra chorar
Vê se te alimenta
E não pensa que eu fui por não te amar"




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