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A forma como te pintas......

Por um pequeno espaço físico e de tempo. Por uma pequena quantidade de palavras locucionadas. Por alguns pontos estratégicos. Por, também, outros pontos não estratégicos. Por uma partida de futebol e pelo preto (e frio) "possante".

Por todas as decepções previstas e imprevistas. Pelas ligações não recebidas. Pelas mensagens não envidadas e pela segurança não estabelecida. 

E pelo "feliz aniversário" que não veio - já esperado em não vir.

Pelo sorriso simples. Pelo abraço forte, calmante e arrebatador. Pelo "no ouvidinho"....... Pela simplicidade de teu viver e pela audácia de tuas conquistas.

Pelas cores que insistes em não querer pintar. E pela vida que desejas ter.

Entretanto, quem sou eu para dizer quais tons pintar tua vida??? 

Se, para ela, não disseste  - ainda -  que queres um quadro.

* Obra de meu artista plástico favorito, Romero BRITO.

Quando eu completei 19 anos

22 de Julho de 2010. 

Completei 19 anos. Muitos devem se perguntar: " Mas sim, e aí ???" e até mesmo, " O quê que tem fazer 19 anos??? "........ AAhhhhhhh, Caros leitores.... completar bodas.... é  sempre superar mais um degrau. Ser abençoado (a) em ter ar nos pulmões, coração batendo bem forte, sangue a "maratonizar-se" pelas veias...... e tudo, tudinho, funcionando dentro de si - principalmente na região norte de nosso compêndio muscular: o cérebro.

Eis a grande máquina.

Entretanto, sem nos apronfundarmos na aula leiga de anatomia, friso a essência deste órgão. Não em sua composição visível, mas sim, naquela que nos obstina: a consciência, o eu-lírico, o eu interior, a mente...... ou seja lá a infinitude de adjetivos que correspondem ao " meu pensar".

Sim, fiz 19. E o que muda??? Muito. Descobri, em algumas partículas de segundos, com uma perspectiva um pouquinho mais apurada ( alma de Letrando), a vida. "Tão jovem e já a conhece, Vanessa???" Não. Não por inteiro. Talvez nunca faça análise com ela; talvez nunca tome um chá inglês ao seu lado - para que eu descubra seu íntimo. Contudo, EU disse olá....e, educamente, soltei: " Acho que já vi você antes, sabe???"

Observei que o reencontro é fundamental. Reencontrei-me com o exterior - de modo impactante e , sentimentalmente, emocionante. Recebi " Felicidades" de inúmeras pessoas ( umas até desconhecidas).  

Isso tornou-me grande e ao mesmo tempo PEQUENA. Foi neste momento que me dei conta onde faltei e onde exarcebei.

Foi perfeito. Mais um reencontro.Obrigada.

Era prosa agora é poesia.......

Eu me rendo: já não consigo fazer prosa... 

Definitivamente, agora, é poesia. Sim, poesia. Dos encantados, dos desesperados, dos desnutridos, dos sonhadores e dos destemidos.

Já não me permito a desistência, inconveniência e a incongruência. Não sei escrever poemas. Sei, quem sabe, fazer um pouco lá de poesia.... um pouco cá. Guardo para o melhor, o melhor de mim.

Algo me aperta por dentro - um pouquinho - mas, o permissível e o percebível. Entretanto, não obtenho respostas do outro lado.

Ahhh.... o outro lado......

Quero soletrar aos quatros cantos o que encontrei do outro lado. Este outro lado responsável pelas minhas palavras, meus devaneios, meus desejos e minhas realizações...... Desconheço se há começo-meio-fim neste "side". o que bem sei é que lá me sinto bem....feliz. 

talvez ainda não bem eu, porque, o sol ainda não raiou direito.

Para tanto,  não cabem mais em parágrafos minhas palavras. Apenas em versos. O estágio embrionário já se foi....tentei não sê-lo....mas, o quis para mim.

Agora, bobrboleta em flor.

Estou [.....]

Eu almejo o depois.... tal qual, o hoje já não é o bastante.

Preciso de um momento só meu...para adentrar meu espaço de aceitação

Eu preciso aprender a falar um pouco menos. Ou seria calar a boca????? Certo. Talvez eu não consiga. Minha essência é falar...falar...falar.... Admito: eu tento guardar para mim aquilo que é meu, entretanto, o espírito sagaz da felicidade não me permite - sempre parto do pressuposto de que, aquilo que é bom e que nos permite ir às nuvens, deve ser compartilhado...... Só que, eu, esta guria que vos fala, quer adentrar o espaço do baú íntimo.....da " pintura íntima".

O trabalho será intensivamente árduo....mas preciso urgentemente de um Stop. Yes, um stop. Preciso ter noção do enunciado... preciso tomar conta de mim. Confesso: tenho um tantinho de inveja daquelas pessoas um tanto quanto introspectivas...... reservadas (esta é a palavra)....... Não me aceito??? Acho que sim; talvez não, também...... O fato é que percebo que o exterior já não aguenta mais minhas enunciações.

Retirar-me-ei de meu espaço locucionário.... não o teatro, porque, como atriz, saio-me melhor como acadêmica. Tenho a sensação que tenho de fechar algumas portas, para que as demais sejam abertas....e a luz digna possa adentrar o recinto.

Eu, do lado de fora, não vou conseguir. Agora, é adentrar o espaço íntimo para o caminho da aceitação. 

Vou seguir, como sempre, com um livro. Bom companheiro. Providenciarei um caderninho de notas - um diário, para os menos "caretas" - para ser minha consciência.

eu ao lado de mim

Para que fazer dos relacionamentos um " cogumelo" ???????

Há um certo número de pessoas que adoram a arte de pressionar os outros - por muita ou por pouca coisa. Não sei ao certo se, no íntimo delas, a inveja , a raiva, o medo e a insegurança são os elementos responsáveis por tal comportamento. O fato é, que, para muitas destas criaturas, "apertar" o outro contra a parede significa obter algum resultado efetivo, claro e suscinto: " quer ou não me quer? "; " vai me pagar ou não?"; " vamos ou não vanos?" ou o famoso " E aí???" .

Não desconsidero aqui o princípio de esclarecimento que devemos a outrem e que, nós da mesma forma, devemos nos prontificar em explicações diante ao mundo. A pressão a qual me refiro é justamente aquela que estabeleço como "pressão crônica": para tudo - e para todos - deve-se " tocar o pânico". 

É incrível o desconcerto que este mau hábito ocasiona. Tudo passa a ser obrigação e obrigatório para um tipinho ridículo de pessoas que tentam resolver a vida aos murros, socos e ponta-pés.......Para que devo eu pressionar, atormentar psicologicamente alguém, causar um desconforto mental no próximo, se, na mais calma das intenções, de cabeça fria e como gente descente, posso conversar????? Para que devo pressionar se as palavras e as ações esperadas por mim residem no momento brando de espírito???

Cobrar é algo irritante. Não que devemos sair por aí tocando a sirene de irresponsabilidade aos quatro cantos...mas, porque não ser mais flexível e inteligente???? Sim. Considero o ato de pressionar os outros a torto e a direito coisa de gente burra e de mente oca. Siiiiiimmmmmm. Isso mesmo: pessoas ( no mínimo) inteligentes ocupam-se com coisas inteligentes; elas não precisam estabelecer relações de dependência para se autoafirmarem usando o outro como pino de granada.

Sei que aguardar não é o nosso forte - terráqueos do novo século. Entretanto, aquilo  que é do homem, o bicho não come. 

Experimente não desfrutar de um cogumelo envenenado.

Garotos....e meninas....por um encaixe quase perfeito

Soundtrack: Garotos - Leoni

                    Home - Michael Bublè

I'll be waiting - Lenny Kravitz

In my place - Coldplay

O Vento - Jota Quest

Kiss me - Six Pence None the Richer

Last Kiss - Pearl Jam

O encaixe foi quase perfeito..... eram dois seres despretensiosamente unidos por um só querer; um garoto e uma menina. Não é estranho que não haja algum absurdo do desejar entre essas duas almas. Não. O querer é permitível e permissível até que se concretize o avesso de todos os ponteiros......

[ O encaixe não veio??? Talvez o momento ainda não se fez, a canção ainda não tocou, a fotografia ainda não foi tirada e as lágrimas ainda não se apresentaram... ]

As palavras não foram medidas, os abraços não foram dosados e os beijos, esses.... ahhh... esses surgiram do acaso. Vieram, sabem eles, de um lugar-comum: do presente.

O pretérito imperfeito-perfeito-quase-que-perfeito, no momento, não é de grande valia. O que vale agora é o presente, é o estar bem de hoje.... O que não foi dito ontem, passou. O que desejam fazer amanhã... é o que na verdade os toca, os guia e  os apetece. 

Destemidos. Justo, destemidos: " hoje aqui, amanhã não se sabe". Não, eles não caíram no "conceito-chave" de viver intensamente como se fosse o último dia.... Não. O último dia pode ter sido o de ontem - hoje, mais um dia, fazem-se novos.... o que passou, o ontem, reside agora no fundo do baú de cada história - se alguém preferir, pode ser estória.

[ O cheiro agradável do perfume ainda permanece....as lembranças ainda frescas provocam, instintivamente, o sorriso tímido no canto da boca. Das palavras proferidas ao pé do ouvido, só restaram o calor entre ambos os corpos. ]

Ainda permanece o desejo de encaixe...... 

[ No entanto, condizente com a música surda que não tocou, mas impregnada nos raios de sol que atravessaram a fresta da janela e fundiram-se com o amarelo do quarto, está o entrelace de mãos....o junto, o colado..... ]

o estar entre eles.