segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Das coisas que ela não faz ideia

Eu não sei até onde podem ir certas coisas da vida. Dentre elas, destaco a nossa possibilidade de provocar vicissitudes em nosso ego. Eu não condeno, só aconselho para que fiquemos alerta quanto a isso, porque ela, ela mesma não se atentara para o que estava acontecendo bem atrás das cortinas. Eu vi, mas, infelizmente não pude acender as luzes.

E ela me disse que queria entregar-se à própria libido - e, consequentemente, à própria sorte. E vi que seu olhar era feito de prata. Ela ia e  jogava-se por inteiro, sem medo de perder. Sempre julgou apenas que ganharia. Perder não estava no seu dicionário. E ela permitiu-se uma entrega desenfreada, por luxo, por luxúria, por desdén e por meras contribuições ao seu currículo fantasma. E o seu palco tinha sensualidade, vermelho, palavras calculadas, charme, malícia e medo. Medo de não ser alguém aos demais olhos. Medo de não ser alguém para qualquer outra pessoa. Medo. E ela não soube, mas histórias a rondavam; a desmentiam e interferiam no curso normal das coisas. Houve tantas discórdias que alegou-se falta de atração. Realmente houvera falta de atração, mas, acima de tudo, o não contato dela com seu próprio amor. [E onde foi parar sua consciência?] Ela "apaixocou-se" pelo efêmero. D-e-u-s-a. Era assim que se sentia. S-ó. Tenho certeza, era ssim que se sentia também. Muitos fazios a preenchiam. Faltou de sua parte um olhar pela janela para ver quem estava lá fora; quem poderia chegar. Minha bela pequenina precisaria "revirevoltear-se".[Muitos de fora te espreitavam, e você não viu.]

E se alguém, menina, agora te acertar o coração?


domingo, 20 de novembro de 2011

Não são nossas obrigações. São nossas escolhas

"In the confusion, and the aftermath
You are my signal fire
The only resolution and the only joy
Is the faint spark of forgiveness in your eyes" Snow Patrol
 
Teremos problemas, sim. Não teremos razão. Não mediremos palavras. Não plantaremos algo para colher. Mas, em uma hora contínua, teremos bem mais amor e bem mais encaixe do que todas as negativas que persistirão em aparecer. E, certamente, optaremos em atravessar a rua, os obstáculos, a estrada e o solar da montanha lado a lado. E vai ser incrível, vai ser incrível. Vai ser incrível do começo ao fim: ou por não esperarmos ou por querermos esperar que tudo se repita, só para termos aquela finalização mais clichê: juntos novamente. [Mas todos os clichês são verdadeiros]. Renda-se. De certo, muita coisa não virá de nós; virá para nós. E um nós é feito de um plural bem mais singular do que as múltiplas solidões de uma só noite. Múltiplas solidões: algo que não mais teremos, até que floresça de nós o espírito do querer completar. E eu sei, você relutará em relação a minha presença. E você sabe, eu vou ficar.

domingo, 6 de novembro de 2011

"Alice, não se esqueça do nosso amor"

"Será que eu tenho sempre que te lembrar."

Alice, eu sempre tive medo daquilo que você escrevia. Daquilo que você fazia questão de escrever, de rabiscar, justamente para que não se perdesse em sua memória. Mas Alice, quanto ao nosso amor, você nunca fez questão de elaborar muito menos uma notinha de rodapé. Eu não sei, não sei mesmo, o que é que passa por esta sua cabeça, Alice. Meu bem, nada sei de nosso amor porque você não me fala e, também, nada escreve nesse seu diário esquisito. Alice, o que há de errado com o nosso amor, que ele não merece uma página do seu caderno? Sabe, eu sei que você nao escreve nada sobre ele aí porque você jamais me contou o que  escreve (quando diz respeito a ele)...assim como fez com os demais. "Líli", o que há de novo entre mim, você e essas páginas aí? Alice, Alice, Alice....vai, não se esqueça do nosso amor, não....

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Anotações para um apreço futuro - Nota 2: Convenções


De fato, fazemos de nossa vida aquilo que bem queremos; que bem achamos conveniente. Mas com a vida alheia, não. Esta não. Principalmente quando o propósito é seguir uma convenção ou deixar-se seduzir pela mesma. O mal das conveções é bem menos percebido por alguns 'tipos' do que deveria ser. Tais executantes não conseguem se ater ao próprio espelho, o que dificulta muito o desenrolar de histórias. Mas, por que caminhar sempre com a ditadura do convencional venenoso, depreciativo e vazio. Para quê?

Ela negara-lhe o pensamento bonito de um casal. Parece que desta vez o filme se repetia, como aconteceu em um passado ainda recente. E mais, por um momento ela imaginou tomar a mesma decisão da primeira vez. Detalhe: situações distintas, pessoas diferentes, mas, infelizmente, razões idênticas. Passado o tapa, ela ponderou. Mas, seguramente permaneceu como no passado: se ela fugiu de uma convenção uma vez, conseguiria fugir de outra. E foi.

Nota 2: Convenção é para todos. Analisemos quanto a um ente particular.