segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

- Com licença, sim?


Há uma coisa que nos é oferecida na vida chamada LIBERDADE. Uma outra coisa dentro da gente chamada espírito de LIBERTAÇÃO e outra coisa que é fruto de nossas ações: LIBERTAR. A esta última abre-se uma ressalva importante: trata-se de uma via-expressa-de-mão-dupla. Vejamos: libertemos a nós e libertemos ao próximo. Porém, como dito nas preliminares, ação é escolha, e LIBERTAR (SE) também é uma escolha. Mas "Espera aí porque as coisas não são assim tão fáceis como você está sugerindo, fofinha!!". Realmente, não são e também não são para ser. Mas DEVEM acontecer, SIM! Sinto em lhe informar que as coisas dependem de você...Você só sente o vento porque você escolheu sair de casa "despido" o suficiente para que a ventania chegasse até você. Você só teve uma dor de cabeça, oriunda de uma ressaca, porque resolveu misturar aquele Red Label com a Caipiroska da parte dois da noitada. Você só se deixou envolver porque quis conhecer novos abraços, novos beijos, novos cheiros e demais pertinências que só o tato a tato (ou quase isso) podem proporcionar. Quando você não quer....não há Ben Affleck ou Scarlett Johansson que faça você se apaixonar.Se não for de seu interesse apurar seu sentido para uma obra de Allen, você não o verá com outros olhos. Sei, isso tudo que falo são as lógicas existentes na vida. Bingo! Certo! Mas isso tudo aí só aconteceria caso você quisesse. Lembra quando você, por exemplo, era criança e nem sabia [provavelmente] da existência de Caymmi, mas, quando crescera PERMITIU-SE conhecê-lo - não só ele, mas como também seus rebentos? Pois é. PERMITIR- SE é exatamente isso: escolher. Você optou por ouvir um novo estilo musical que não fosse o "Pluft Plaft Zoom"....e preferiu o "Marina, morena, Marina você se pintou...". Consegue me compreender?? Você poderia continuar nos anos 80, mas com a carne nos 'anos XXI', porém, você NÃO QUIS! [digressão closed]

Assim mesmo, retomando o láaaaaa em cima que eu havia escrito, do mesmo modo que podemos nos libertar: das dores, principalmente; da saudade, da paixão/amor/relacionamento indefinido; também podemos libertar aqueles [e daqueles] que nos rodeiam, e que nos fazem (mesmo secretamente) ter vontade de sair por aí, meio que como Ícaro - pode até sair assim, sem sonho. Mas ao passo que a coragem vem, não importa como iremos. Desta maneira, não caberá a mim ou à torcida do Flamengo salvá-la (o) de qualquer tipo de prisão. Você sim é que tem de pedir licença às pessoas para que estas lhe deem passagem. Quem domina o copo do botequim não é o garçom. É quem bebe. Sempre pedindo com  educação, pois há tantos outros clientes a serem atendidos. Mas, quem está na mesa, com o copo na mão, pensando ou não na vida, é você.

As coisas só acontecem se você quiser:

"Oi, estava a admirar você de longe. Achei você interessante. Posso sentar com você?"
" Com licença, sim?"

2 comentários:

  1. Adorei o post, principalmente esse final "Mas, quem está na mesa, com o copo na mão, pensando ou não na vida, é você."
    Como eu estava a pensar outro dia, 'o fato é, por mais q sigamos nossos instintos, confiemos nos nossos discernimentos, sempre vivemos do risco. Nossa convicção é apenas o pé na tábua para ir em frente' Não se vc vê alguma relação, mas isso me veio na mente ao ler suas linhas...

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  2. Como postei recentemente no twitter: "Se você nunca falhou, nunca viveu. Vida = risco". A verdade é que as coisas são assim mesmo... E por mais que eu não queira assumir minhas reservas sobre essa temática quando está relacionada a relacionamentos amorosos, continuo achando que não é bem assim mesmo. Conversando sobre isso com o Daniel Oliveira, ele disse algo super interessante a esse respeito: “Essa coisa de "um dia você vai encontrar o grande amor da sua vida" é análise probabilística. Vai depender do que você quer, de como enxerga o mundo, do seu norte naquele momento, de como a pessoa lida e se relaciona com você. São detalhes que precisam ser encaixados um a um para formar uma combinação que dê certo. Ah, e amor acaba. E amor pode nem existir. Não é pessimismo, é uma visão mais objetiva.”
    Tudo depende do ponto de vista e naquilo que você acredita. Da forma como encara as coisas, e do “permitir-se”, como magistralmente você falou, minha linda amiga.
    Lindo post! Como sempre, é sempre um presente poder te ler...

    Beijos,
    Do seu amigo Márcio Arthur

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