terça-feira, 1 de maio de 2012

Senta. Deixa eu te contar.

Noite.

[Hoje eu tive medo e você não estava aqui. Eu olhei para o quarto e tudo estava da mesma maneira que eu havia deixado quando entrei na noite passada. Engraçado, eu às vezes busco uma nova decoração para a nossa vida mas não encontro na condizente para esse nosso amor mutante. Deixa pra lá, eu tava devaneando. Voltando ao assunto, eu fiquei medrosa hoje, e onde você estava? Liguei no seu telefone, deu caixa postal. Falei com o porteiro lá embaixo e ele disse que viu alguém parecido com você no hall do prédio, não soube dizer nem se era você mesmo ou se este alguém estava entrando ou de saída. Incrível, você não parece estar aqui quando eu tenho desses meus medos. Você vai sempre embora me deixando tonta. Crueldade. Certo que eu tenho que me virar sozinha, ser independente de você, mas contar com um beijo no cabelo seguido de um abraço é sempre magistral. Vou fechar meus olhos, sempre funciona quando a gente sente medo.]


Meio da noite: 

- Hã...que foi?

- Nada não. Amanhã te conto tudo [Inclusive do sonho que acabo de ter].






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