sábado, 24 de abril de 2010

Algo novo está acontecendo.......

Hoje, ao som de Damien Rice, "The Blower's Daughter", venho falar diretamente de mim. Sobre mim a vocês e sobre mim a mim mesma.


Estou vivendo uma das melhores experiências da minha vida....que nunca tive oportunidade de percerber sua intensidade. Tudo diferente....perspectivamente diferente. Sinto que desta vez algo realmente se transmutará. Aproveitando cada dia, cada minuto que se sucede, "pré"-vejo um novo futuro.Tenho minhas dúvidas se devo vivê-lo...tenho minhas dúvidas se devo deixá-lo passar. Resta-me as dúvidas de quando permiti-lo.Tinha a mais absoluta convicção de que esse dia chegaria - ou até mesmo, chegará um dia - mas agora eu me pergunto: será se esse momento é o hoje???

Normal. Absolutamente normal. Dúvidas fazem parte das escolhas.Confusão, as tonalizam. Queria poder acertar na escolha. Não para acertar por mim, talvez. Mas, para o universo que insiste em rodear-me. Simbolicamente omito o que desejo.....entretanto, incorporada ao índice, em formato de índice... exteriorizo o que me atormenta.

Tenho medo de dar errado, não de dizer "Oi" ao possível erro. 

[Lord, stay with me, by my side.....]

[This is the last time - Keane, agora]

Quero sim, ir bem fundo.....porque desta vez desejo que valha a pena.Quero sentir o frio, quero sentir o calor...quero sentir as dicotomias "mais dicotômicas" da vida. Espero, mesmo assim, uma corda avacalhada em nós, para que eu suba, se descobrir que o fim do túnel está próximo....

[ e o solo dele é úmido demais, incômodo demais e injusto demais para permitir minha sobrevivência]

domingo, 28 de março de 2010

"braço na Vênus de Milo acenando tchau"

Pouco sei  a respeito da Vênus de Milo..e de uma coisa é certa: também não se configura elemento decisivo, muito menos mote de minha percepção, pesquisar seu escultor, origem, composição, etc....etc...durante o devaneio desta postagem.

[Creio que esta escultura seja da época clássica greco-latina e, provavelmente, esculpida no mármore ]

Ela para mim, neste momento, é apenas um recurso literário-linguisitico";  ponta do iceberg (teoria de algum especialista das "Humanas", que me acaba de fugir da memória).

Meu conterrâneo, do "Coração do Homem Bomba" 1 e 2, reflete em um de seus versos, de "Bandeira" :

" Eu não quero ver você cuspindo ódio
Eu não quero ver você fumando ópio pra sarar a dor
Eu não quero ver você chorar veneno
Não quero beber o teu café pequeno
Eu não quero isso, seja lá o que isso for
Eu não quero aquele, eu não quero aquilo,
Peixe na boca do crocodilo
Braço na Vênus de Milo acenando tchau. "

Percebendo esse"dizer"...eis que de súbito (!!!),  uma interpretação "about" as coisas impossíveis sobre a vida, me surgiu.

[ Braço na Vênus de Milo acenando tchau.]
Peguei-me pensando: "já imaginou, a Vênus de Milo praticando ' o simbolismo do adeus ' para a galera?? Impossível!!!! "

Entretanto, caros leitores, caro seguidores..... "miracles" acontecem.....para os que acreditam e tem fé (clichê, 'but true').

Impossível seria a tal da Vênus dar aquele tchauzinho, mas, se a veia artística do homem optar em "animá-la", ela poderá, sim, dar-lhes um tchau.
Logo, o impossível se desfaz.....
Intertextualizando a Vênus,

[ "quero lhe falar meu grande amor, das coisas que aprendi com os discos"]
lembro- lhes que o julgamos inalcançável....é, muitas vezes ,definido como adjetivo de milhares de sintagmas proferidos por nossa inocência e descreduilidade, pelo simples fato de apresentarem-se como desafios......"pedras no caminho, no sapato".....'barreiras". Vivemos em uma era comodista...acomodada e acomodadora: 
para que escalar uma montanha, se podemos ir de helicóptero???

sábado, 27 de março de 2010

Giz...........



[ Desenho toda a calçada
  Acaba o giz, tem tijolo de construção

  Eu rabisco o sol que a chuva apagou...] Giz - Legião Urbana

Estava ouvindo uma das minhas canções favoritas de Renato Russo, quando deparei-me com o trecho acima....Parei.Interpretei. E percebi o quanto de significância havia na enunciação

"Eu rabisco o sol que a chuva apagou.."

Diariamnte tento rabiscar o Sol  que a chuva apaga....tento tornar os dias de muitas pessoas - e os meus também - em dias melhores.
Nem sempre alcançando meus objetivos....nem sempre obtendo sucesso...mas, sempre rascunhando um novo "sun".

Para alguns....sou apenas uma chuva que apaga milhares de rabiscos.: tirando a cor, o esboço.....o espírito. Porém, a estas pessoas, apenas um aviso meteorológico vos deixo:

[a chuva tem hora certa para cair] 

Sinto "muitíssimo" se aos olhos e ouvidos de alguns "terráqueos" sou um incômodo.....um estorvo...um mal.

Só posso dizer-lhes, que, para termos um roseiral...precisaremos de água...para termos um belo pomar...um pouco mais de água.......e um pouco mais de água...de água e de água.......


Retirando o pó que nos consome e as teias de aranha que insistem em perdurar

Em um determinado momento da vida, encontramo-nos rodeados, ladeados, impregnados...... de puro acúmulo em  e em teias de aranha. Chega até ser  incrível a capacidade com a qual destruimos - a nós e ao próximo -  e a qual temos, por sorte, de construir "dias melhores pra sempre".

[ Pó em detrimento da marcada tessitura da aranha ]

[O traçar perfeito da Negra em detrimento da "metáfora-viuvez" que denomina-se pó]
A vida é engraçada. Curta, grossa, calculista e autoritária.Começa com o "pó"....cresce com a "teia", e inacreditavelnte[2], finda-se no "pó".Olha que lindo.....!!!!! O pó a que me refiro...é o estágio "redemoinho" de nossa humilde sapiência... : a insegurança. a fragilidade, a incerteza e o desconhecido. Que surpresas trará (a um reles mortal) uma porçãozinha deste elemento fragmentado minuciosamente ? 
No que tange nossa saga em "Terras de Adão"....passar pelo Nível Pó é indubitavelmente, essencial.
Atingir o estágio da segurança, da sapiência - em si - e da maturidade....da Teia da Negra é obrigação.
Pergunto-me como vivem as pessoas que ainda estão sobre o pó....o que será que as acontece que não elencam novas metamorfoses????? Viver não é tão difícil...sentir-se vivo é que apresenta-se de uma especulância mais sugestiva.


[ a muitos gostaria de desejar a Negra, mas, meu pequeno coração não me permite tal crime]