quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O belo traço da juventude

Hoje tive a oportunidade de compartilhar um pouco da minha vida corrida com uma jovem. Baixa, branca, dona de carinhosos cabelos dourados, olhos vivos e traços faciais arredondados. Passamos mais de um quarto de hora a conversar sobre o propósito que nos levara até ali e, também, trocarmos enunciações cronológicas e retóricas acerca de nossa vivência. Foi então que me dei conta que estava, possivelmente, diante do futuro - do meu futuro. Adiantei-me, por alguns milésimos de segundos, em um futuro não muito perto, mas, em compensação, provável. Imaginei-me assim como ela: forte, esperançosa, acolhedora e apaixonada. Sim, apaixonada. Raciocinei com outros tantos de neurônios a respeito da chance, da probabilidade e da entrega ao sexagenarismo. Da dor e dar realização que o mesmo traz consigo. Perdi-me, naqueles minutos, em minha vida progressa - não que a minha seja, no futuro, da mesma forma, mas sim.......serei sexagenária. Vi tamanha magnitude da vida, tamanho compêndio de experiências materializados naquele ser nobre. Nobre de alma, nobre de pele, nobre de nome. Reduzi-me para tentar ver com um pouco mais de calma o que é a vida. Abracei aquelas palavras ditas, educadamente elaboradas e maternalmente doadas. Vi a vida hoje, não sei se pela primeira vez, mas, não mais a última.

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