segunda-feira, 3 de maio de 2010

E o que ficaria na fotografia?

[ A caixinha de som está emitindo: Never gonna be alone - Nickelback
                                                                              É você - Marisa Monte
                                                                 You are beautiful - James Blunt
                                Um girassol da cor do seu cabelo - Vanessa da Mata
                                                               Último Romântico - Lulu Santos]

 Diante todos os últimos fatos que me tem acontecido - e pelo vício incontrolável que tenho pela música "Fotografia", de Leoni - venho discursar sobre minha dúvida-lexema-título-tema-discurso-questão, etc.

E o que ficaria na fotografia?

Uma foto é um momento.Um clique é o espaço deste momento.Guarda-se fotos em álbuns, em gavetas, em caixas,em computadores e em agendas - há ainda aquelas que poderemos encontrar grudadas junto a um clipe, em uma página especial de algum diário. Mas o que importa é que elas são guardadas porque são especiais.
Sim. Certamente você ainda guarda aquelas fotos de quando você era uma criatura ingênua, perfeita e pura. Hoje, você já é grandinho, já não mais tão puro e muito menos ingênuo.Mas a fotografia continua lá, não continua?

Então, quando momentos singulares começam a surgir, a adentrar seu recinto - sem pedir liçença - e você está radiante demais para deixá-lo, você pede: "Vamos tirar um foto"?

No meu hoje, pergunto-me, pa - ran - do, como ficariam as possíveis fotografias? Sério mesmo. Teria eu, o prazer de registrar os momentos mais felizes, mais iluminados, mais coloridos........somente para eternizá-los?

Estraçalhar com uma foto pode doer muito.....a dor de uma perda. Não "tirar" uma foto pode ser, incontestávelmete, doloroso: é o silêncio do riso que não aconteceu, mais uma vez.Quero guardar os possíveis sorrisos, os possíveis abraços.....o "talvez" de gagalhadas. Almejar construir uma " história em quadrinhos" não é proibido a ninguém.

[ Se quiseres - e achar que convem -  compre a minha revistinha, só para você conhecer e quem sabe, colecioná-la.]

E o que ficaria na fotografia, se eu pegasse pela sua mão e ao te ver passar por mim, pedisse :"Vamos tirar uma foto? "

domingo, 2 de maio de 2010

Eu queria que seu All Star Azul combinasse com o meu, preto de cano alto


[trilhinha: silêncio]
Serei franca. Pareço ser fria e descolada. Moderninha demais ou com frescurinhas demais. Não importa.
Por que você não consegue ver a cor do meu All Star?
Falo na entrelinhas....fique atento a isso, por favor.

Mas, e agora, que não se pode falar nas entrelinhas - e em entrelinhas - quando se fala de pele?
Quero o teu sentimento.Sei que o sol ainda não nasceu para nós....
Mas não se preocupe,eu uso filtro solar.

Falei que seu sorriso deveria brilhar como o sol que fez hoje....como a bela manhã que hoje fez.
Sim, fez um belo dia...e eu não pude dar-me conta de seu sorriso.
Talvez, agora seja o tempo das precipitações pluviométricas.
***
Mas,
mesmo assim,
queria que seu All Star,
mesmo azul, 
ficasse sujinho 
junto com o meu preto de cano alto
no nosso banho de chuva.

E se eu caísse na toca do coelho de Alice?

Vai parecer que estou seguindo a última moda de ficar embasbacada diante releituras fílmicas de  clássicos literários. Não tem problema, esse texto não fala de análise intersemiótica alguma. Quero falar sobre POSSIBILIDADES.....abalizadas por um discurso não-teórico: em formato de metáfora do habitat de um mamífero saltitante, de pouco porte e  muito astuto. Muitas vezes branquinho e com  a cara do mês de Abril.

[O barulho que faz agora: 
Trilha Internacional  - Viver a Vida
Lanterna dos Afogados (ao vivo) - Paralamas do Sucesso
Lily Allen - ?] 

Pois sim, já li Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol - confesso que, incluse, amei a obra e juro que tenho medo até hoje daquele gato listrado

N0s passos iniciais de Alice, ela desaba em um túnel (uma toca quase sem fim, diga-se de passagem). Durante a queda, a menininha de cabelos lisos e detentora de um logicidade incrível, para uma guria de aproximadamente (não me recordo) sete anitos de idade, se depara com um corredor na vertical, só que com vida. Uma especie de casa, linearmente seguindo a lei da Gravidade, mas toda decorada.

A "tal" da casa na vertical pertence ao Coelho da história -figura esta que, por muitas vezes, é a pedra no sapato de Alicinha.
A Toca do Coelho parece ser um buraco que vai dar do outro lado do mundo......assim como a velha lenda do "buraco rumo ao  Japão" - uma leitura pós-moderna, poderíamos dizer assim.

Daí, passeando pelos bytes da internet, avistei ao longe, um ícone bem pequeno, em um site de relacionamento, da Loirinha no País das Loucuras-onde-carta-é-soldado-e-albatroz-é-fidalgo. Logo perguntei-me: E se eu caísse na toca do Coelho de Alice?
Fiz esta pergunta porque, às vezes, desconfio que vivo em mundo errado.....em um espaço que não foi feito para mim. Mas, "no-fundo-no-fundo", desconfio que seja encantador.

[É brusca a queda quando você não sabe se vai cair no chão, realmente.]

As POSSIBILDADES supracitadas, bem lá em cima, falam acerca do que eu posso  - e do que eu não posso - encontrar  do outro lado quando caio, em uma queda feia mesmo, direto para um túnel de verdade.

Seria minha toca, até então desconhecida pela minha consciência?Ou uma pegadinha só para rirem de minha desatenção e de minha falta de força?

Culpe a Princesa que beijou o bendito do sapo

[ listening:  If I were a boy - Beyoncé
                    Dillema - Nelly
                    My girl - Thiago Iorc]


Bem, este post não é uma resenha. É um desabafo.

Todos nós crescemos ouvindo aquele clássico dos contos de fadas infantis, dos irmãos Grimm: o de que a princesa beija o príncipe, que virou sapo, para que ele retorne à forma humana. Ok.

Se as mulheres tem devaneios e desejos utópicos, é por conta - e pelo contar - dessas histórias da carochinha. Não direi: " Filha, não acredite nessas coisas!"........ Eu não posso acabar com a fantasia de uma criança. 

[Não devo é construir uma  fantasia de príncipes metamorfoseados em sapos.] 

Sapos, meninas, existem. Mas, aquela "estória" de cavalo branco, puxando para "alazão", é pura balela.

Começo a concordar com meu ilustre Arnaldo Jabor de que não existe a pessoa que completa você. Mas, aquela que soma com você. 

[ prefiro crer que  ao precisar de R$ 15,00 e só ter R$ 10,00, aparecer-me-á um bolso bondoso que me emprestará mais R$ 3,00. Não terei os R$ 15,00. Isso, matemática perfeita. 

Entretanto, os R$ 3,00 me somaram, apesar de não terem completado minha conta. De alguma forma, tranquilizaram minha pessoa. ]