sábado, 30 de julho de 2011

"Eu quero te mostrar os lugares que encontrei....Eu quero te contar as histórias que ouvi..."


Se meus mais recentes vinte anos não me falharem a memória, nos seguintes vintes anos, eu estarei pronta. Ter completado duas décadas soou diferente. Soou estridente. Soou como a parte 2 de um livro  - felicidade tamanha que, "esquisitalmente", não me coube. Primeiro porque, para minha pouca idade, já pude conquistar uma singela lista de objetivos. Para minha pequena protuberância cronológica, já vivi situações singulares, razões pelas quais herdei máximas íntimas, abri espaço para anseios de menina e os prolegômenos de um futuro ensaio de mulher. Das coisas que eu gostaria de contar....das coisas que eu gostaria de contar (pausa para conversa dialogada com meu pretérito remoto)....nossa...talvez para almas "vestidas" tais coisas não se fazem eloquentes. Me despi em muitos estágios para que as mesmas pudessem ser apreendidas por mim. E por consequência, eis a razão pela qual tenho tanto a contar. Lições gradativas; teste de paciência; rapsódias intermináveis; releituras rabiscadas. E outros "porvires". Os lugares que eu conheci perpassaram do ínfimo ao complexo, do popular ao rebuscado, do simples ao composto: e guardei tudo em paradigmas preciosos. Depois da insistência do destino, indas e vindas versificadas, um coração deveras borbulhado, uma caminhada atribulada, companhias solitárias, resolvi buscar lugares e mais histórias tirando partindo de mim. É estranhamente agradável tirar partido de você mesma. Colocar--se como objeto de análise, de correspondência e de adição. Se seguir por dentro, lançando-se por fora. Não é um "trote" que você passa a si mesmo, muito menos a licença a ser dada a um possível egoísmo. É uma cordialidade mais que espacial, nada limítrofe. A noite de ontem, o dia de amanhã, a semana passada, a menina que encontrei, a briga que ouvi, as lições que tirei, o sabor do beijo que se foi, a palavra do rodapé do livro, o trechinho da música, a flor que eu vi, a cachoeira que banhei, a filme que não vi, o amigo que deixei, o romance que acabou, o sorriso de alegria, aquela visita, a tua boca, nossa viagem...Tudo encostando assim, pedindo pra ficar, entende? 

"Me deixe cavalgar
Nos seus desatinos
Nas revoadas
Redemoinhos"

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